Os meses de inverno são os mais propícios para a disseminação da tuberculose. E é justamente pelo inverno mais rigoroso que o Rio Grande do Sul é o recordista de casos da doença. Entretanto, a boa notícia é que a tuberculose tem cura, basta seguir rigorosamente o tratamento, que dura de seis a nove meses e tem distribuição gratuita de medicamentos.
Em Passo Fundo, este serviço é feito pelo Ambulatório da Tuberculose que, além de distribuir os três medicamentos indicados para o tratamento, monitora os pacientes para evitar que abandonem os cuidados necessários. “O acesso ao tratamento através do ambulatório é direto a partir do diagnóstico, o paciente passa a fazer os cuidados lá, para o tratamento que dura entre seis e nove meses de um tratamento cuidadoso”, explica o secretário de Saúde, Luiz Artur Rosa Filho.
O tratamento é padrão, onde são utilizados três medicamentos, todos de distribuição gratuita por todo o período. “A tuberculose é uma doença de contaminação de pessoa a pessoa. O tratamento é prolongado e no Brasil o principal problema é o abandono. Por isso, o Ambulatório da Tuberculose faz um acompanhamento na retirada dos medicamentos para verificar a adesão. O paciente que começa o tratamento em 14 dias deixa de ser contaminante, ou seja, não transmite mais para ninguém”, salienta Luiz Artur.
Mudança de endereço
Recentemente o Ambulatório da Tuberculose, que já funcionou em uma sala do antigo Quartel e depois no mesmo endereço da Coordenadoria Regional de Saúde, mudou de endereço. Agora, o serviço é oferecido um novas instalações, na rua Silva Jardim, 714. “Unificamos todos os serviços que denominamos de Serviço de Atendimento Especializado - SAE, que atende uma infinidade de doenças cujo controle é estratégico para o município, para o estado e para a federação”, comenta o secretário.
De acordo com ele, em salas neste mesmo endereço funcionam também o Ambulatório DST/Aids, o Cerest (Centro de Referência da Saúde do Trabalhador) e, em breve, também começa a funcionar o serviço municipal de atendimento à saúde do trabalhador, o Urest. “Temos convicção que quem trabalha no ambulatório e as pessoas que buscam o atendimento são as que mais tiveram vantagem com a mudança de endereço e as novas instalações, porque realmente qualificou o serviço”, destaca o secretário.
A doença no país
Segundo dados do Ministério da Saúde, nos últimos 10 anos a incidência de tuberculose na população brasileira teve importante tendência de queda. Em 2013, a taxa de incidência foi de 35,4 por 100 mil habitantes, contra 44,4/100 mil em 2003. No ano passado foram registrados 71.123 casos novos de tuberculose. Em 2012 foram registrados 36,7 casos por 100 mil habitantes, enquanto que no ano 2002 era de 44,4, o que representa uma redução de 21%.
Quem está mais vulnerável à doença são as populações indígenas, presidiários, moradores de rua e pessoas que vivem com o HIV.
Quando procurar auxílio médico
O sinal de alerta da doença é a tosse por mais de três semanas, com ou sem catarro, principal sintoma da tuberculose. Assim, qualquer pessoa com este sintoma deve procurar uma unidade de saúde para fazer o diagnóstico.
Serviço
O Ambulatório da Tuberculose funciona na rua Silva Jardim, 714, no centro.
Telefone para contato é o (54) 3327-2362.
Serviço de Atendimento Especializado (SAE)
Além do atendimento à tuberculose, o SAE oferece serviço especializado para pacientes portadores de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), HIV, Aids, Hanseníase, serviço de aconselhamento e testagem rápida de HIV, Sífilis e Hepatites Virais.
O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira das 8h às 17h30.
