Passo-fundenses se mobilizam para ajudar as famílias afetadas pela chuva na região. Estão sendo arrecadadas doações como roupas quentes, colchões, cobertores, roupas de cama, material de limpeza e higiene e alimentos não perecíveis. Caixas de papelão para armazenar os donativos também estão sendo solicitadas. A Defesa Civil está atendendo 22 municípios da região com 350 desabrigados e 92 desalojados. A campanha iniciou na última sexta-feira (27).
Os donativos serão entregues na região e o excedente será encaminhado para os demais municípios atingidos no Estado. De acordo com o coordenador da regional, capitão Ney Câmara, a situação mais grave na região ainda é Nonoai. Além disso, foi registrado um desaparecimento de um home de 40 anos em Jacutinga. Marcelino Ramos também preocupa devido a possibilidade de deslizamento de encostas. A boa notícia é que o número de desabrigados e desalojados está diminuindo e o volume de água nos rios está reduzindo. “A partir de agora, estes números devem diminuir. Nonoai que tinha o maior número de vítimas está diminuindo. O volume de água dos rios também está diminuindo. O próprio Rio Tigre, em Nonoai, e o Rio Jacutinga já reduziram bastante”, disse Câmara.
Neste momento, a Defesa Civil pede a ajuda da comunidade. “Pedimos a doação da população para ajudar as famílias atingidas que estão em abrigos públicos como ginásios e escolas. As doações serão destinadas para atender a nossa região e o excedente será encaminhado para os demais municípios como Iraí que está com 1,3 mil pessoas atingidas”, salientou o coordenador regional.
Voluntários
Centenas de pessoas procuraram a central de recebimento em Passo Fundo. “É hora de nos unirmos. Neste momento, as atenções estão bastante voltadas para a Copa do Mundo e para a própria política. Isso tudo aconteceu num momento complicado, e então precisamos nos mobilizar”, declarou um dos doadores, Gilvan do Nascimento Vargas.
Giuliara Bonatto que mora em Concórdia, em Santa Catarina, viu de perto os estragos da chuva durante a viagem até Passo Fundo e resolveu ajudar. “A situação está triste. Se cada um doar uma peça de roupa ajudará um monte”, disse Giuliara.
A Defesa Civil está recebendo a ajuda de voluntários para separar as doações. “É hora de ajudar. Fazemos parte do grupo de escoteiros Cariris e o espírito voluntário de ajudar o próximo faz parte”, disse o voluntário, Guilherme Antônio Borges, do grupo de escoteiros Cariris.