Da sala de aula para o laboratório

Alunos da Escola Cecy Leite Costa participam de projeto de pesquisa desenvolvido pela Imed

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Durante as aulas os alunos reproduzem miniaturas do bloco de concretoDurante as aulas os alunos reproduzem miniaturas do bloco de concreto
Durante as aulas os alunos reproduzem miniaturas do bloco de concreto
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Cálculos e fórmulas complexas ensinadas em sala de aula agora estão sendo aplicadas na prática por seis alunos do ensino médio da escola estadual Cecy Leite Costa. Eles fazem parte do Programa de Iniciação em Ciências, Matemática, Engenharias, Tecnologias Criativas e Letras (Picmel), financiado pela Fapergs em parceria com a Capes.

Denominado de “Avaliação do comportamento mecânico, térmico e acústico de Bloco de Concreto Celular como tema gerador para ensino de matemática e ciências no ensino médio”, o projeto foi desenvolvido e encaminhado pela  Escola de Engenharia Civil da Imed, onde acontecem as aulas no turno inverso da escola durante três vezes por semana. O programa tem duração de um ano. Cada estudante recebe uma bolsa mensal de R$ 150. Já para os professores, o valor é de R$ 765.
 
Para utilizar na prática os conteúdos curriculares no desenvolvimento da pesquisa, os alunos fazem uma avaliação completa do bloco de concreto, envolvendo aspectos como material, volume, densidade, resistência, isolamento térmico e acústico. Fabricado por uma empresa de Passo Fundo, o bloco se diferencia dos demais por aplicar em sua composição espuma e bolhas de ar. “Isto torna o bloco muito mais leve. È bastante recomendado pelos bombeiros para isolar escadas de prédios, em caso de incêndios. Também  possibilita estruturas mais leves” explica o Coordenador da Escola de Engenharia Civil e responsável pelo projeto, professor, Rodrigo Almeida. Um dos integrantes do grupo, o estudante Roger Possane, 17 anos, afirma que a pesquisa, além de possibilitar o uso prático da teoria, oferece uma visão mais ampla das disciplinas. “Muitas vezes nos perguntamos em sala de aula para que servem tantos cálculos e fórmulas, aqui estamos tendo as respostas” diz o jovem.
 
Para o professor da disciplina de física na escola Cecy, Marcelo Silva, os alunos envolvidos na pesquisa estão percebendo cada vez mais a necessidade do domínio da teoria. Condição que, segundo ele, está refletindo no desempenho em sala de aula. “Estão se dando conta desta relação. Para avançar no laboratório é preciso ter o conhecimento da sala de aula” avalia.
       
De acordo com a professora de matemática, Cristiane Meira, que também participa da iniciativa, todas as fases do projeto serão compartilhadas com os demais estudantes do ensino médio da escola. “No dia 17 de julho teremos o primeiro seminário para 13 turmas do 1ºano do Cecy. São cerca de 300 alunos. A intenção é formamos multiplicadores” explica.
 
Professora do curso de Engenharia Civil da Imed, Pricyla Corrêa diz que  o estudo do bloco de concreto contextualiza e relaciona as disciplinas de física, química e matemática, além de despertar o interesse dos alunos pela pesquisa.
 

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