OPINIÃO

Como a psicoastrologia pode me ajudar num momento de crise?

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O processo de autoconhecimento segue um caminho contínuo e gradual, mas inevitavelmente requer algumas atitudes básicas, como honestidade, coragem, abertura, discernimento e paciência. Em outras palavras, só aprendemos a nos conhecer quando paramos de implicar com nós mesmos e deixamos, de uma vez por todas, de seguir o hábito de nos denegrir. Isto é, na medida em que nos damos conta de que estamos nos fazendo mal, somos capazes de inverter gentilmente esse processo. Quando confiamos em nossa capacidade de nos resgatar de uma atitude destrutiva, passamos a não ter mais porque temer a nós mesmos. Este é o estilo de vida interior que cultivamos quando aplicamos os ensinamentos da psicoastrologia, mas, com certeza, muitos outros sistemas também se baseiam neste fundamento. No entanto, aquele que busca o autoconhecimento sabe que nossa sociedade está cada vez mais nos desafiando a prestar mais atenção fora do que dentro do que de nós, quer dizer, a acreditar que precisamos mais do mundo externo do que dos recursos internos.

Nossa vida é feita de ciclos

O ciclo representa um intervalo de tempo onde ocorre um evento ou uma série de eventos característicos, e que se repetirá mais adiante, após um período determinado.

Quando nascemos, ganhamos uma qualidade particular inerente ao céu do momento. Isso indica que a configuração astrológica existente no céu, no exato momento em que iniciamos nosso primeiro alento, irá imprimir certas características em nosso cérebro que daquele momento em diante terá uma 'programação' única.

Autoconhecimento

O grande ganho do autoconhecimento é saber reconhecer e mobilizar os recursos internos. Por exemplo: podemos nos sentir despreparados para lidar com uma determinada situação, mas ao reconhecer e aceitar nossos pontos de vulnerabilidade com a intenção de fortalecê-los, ao invés de nos acharmos inadequados, sentiremos a esperança de estar dando um primeiro passo em direção à solução. Então, algo muda: não estamos mais no mesmo ponto do sofrimento. 

Saber receber ajuda

O próximo passo consiste em saber receber ajuda. Muitas vezes, temos uma imagem idealizada de nós mesmos: em nosso imaginário, cremos mais ser quem deveríamos ser do que realmente somos! Por exemplo, quando cremos que já deveríamos ter superado o impulso de seguir um hábito que já sabemos ser destrutivo. Seja de uma droga ou de um relacionamento. Se negarmos nossa vulnerabilidade diante deste hábito, ela irá nos atacar assim que "abaixarmos a guarda" sobre ela. Mas, isto não quer dizer que estamos condenados a vigiar eternamente nossos pontos fracos! Este é o ponto da virada. Saber receber ajuda para conquistar um novo olhar sobre uma mesma situação.

Enquanto negarmos a realidade de que certa atitude interna ou mesmo de que uma situação externa nos faz mal, nos manteremos presos a ela. Apenas quando admitimos nossa dependência em relação a esta atitude ou situação é que começamos a nos mover em direção a uma nova saída. Por exemplo, quando nos sentimos dependentes de um relacionamento destrutivo. Já sabemos que esta relação nos faz mal, pois mobiliza mais nossos pontos fracos, como medo e ressentimento do que nosso potencial criativo para seguir em frente. Em outras palavras, quando nos sentimos dependentes do outro é porque estamos sob o comando dele. Perdemos o acesso direto à nossa voz interior. Não conseguimos escutá-la via nós mesmos. Achamos, mesmo que erroneamente, que precisamos do outro para ser quem somos. Em outras palavras, quando cremos necessitar do outro como porta-voz de nossos anseios mais profundos, damos a ele um poder que é extremo e perigoso! Pois, quando agimos assim nos vemos vazios de nós mesmos, uma vez que o outro é que nos faz existir. Se nos sentimos vazios corremos o risco de aceitar sermos preenchidos por qualquer coisa. Quando os relacionamentos chegam a este ponto, de fato é muito triste. Um relacionamento só é saudável quando é rico em seu potencial de troca e está livre da competição acirrada de quem domina a relação. Então, por meio do autoconhecimento iremos gradualmente saber quem somos e de quais recursos necessitamos cultivar para acessar nossos desejos mais autênticos, sabendo que somos merecedores de respeito, carinho e gentileza. O autoconhecimento é dinâmico, portanto, cheio de altos e baixos: ora nos sentimos fortes, ora frágeis. A sinceridade com que aprendemos a lidar com ambas as situações é que nos levará a nos sentirmos vivos internamente.

Voltaire Dandreaux e Silva

Psicoastrólogo Clínico e Numerologista Empresarial 

Registrado na Associação Brasileira de Astrologia e Membro do Conselho Nacional de Astrologia e da Federação de Astrologia da França (RG- Aba 562)

 

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