OPINIÃO

Tempo de novas séries

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Com exceção de “True Detective” e “PennyDreadful”, novas séries em 2014 enfrentam dificuldades criativas. “Dominion”, por exemplo, tem uma premissa interessante, mas assim como o filme que originou a série, “Legião”, não consegue evoluir de forma interessante depois de um bom episódio inicial. Aliás, é estranho que uma série tenha conseguido sinal verde para se desenvolver em cima de um filme tão ruim e tantos anos depois. Outras séries com dificuldade para conquistar o público foram “Believe”, “Turn” e “The100”, que estão patinando.  “The LastShip”, em que o embusteiro diretor Michael Bay faz as vezes de produtor, está conseguindo manter o ritmo, mas as limitações geográficas do próprio espaço da série colocam sérias dúvidas a respeito das soluções que seus roteiristas conseguirão alcançar.  “Underthe Dome”, que terminou patinando a primeira temporada, começou a segunda querendo se inspirar em George R. R. Martin, mas segue com problemas de ritmo que transformam cada episódio em uma tentativa de revolução da trama sem consistência alguma.

Por outro lado, “Flash” começou com um bom episódio piloto para quem curte séries com heróis. É quase um spin off de “Arrow”. Não é o tipo de série que me agrade pela pouca profundidade do roteiro, mas o episódio piloto surgiu com um bom ritmo e bem realizado.  “Extant” tem uma ideia interessante e a assinatura de Spielberg, que nem sempre conseguiu sucesso nessa área. Mas a melhor estreia recente é mesmo “Constantine”. O episódio piloto vazou e mostrou que dessa vez o personagem do selo Vertigo será retratado fielmente. Se antes o norte-americano e moreno Keanu Reeves fez as vezes do personagem, agora John Constantine é fiel ás HQs: loiro, britânico, com seu sobretudo surrado e tiradas irônicas. E a série mantém a atmosfera sombria das HQs. Ótimo episódio piloto – é uma série sobrenatural de peso comparada, por exemplo, a “Supernatural”, cuja fórmula já se esgotou e nunca deixou de ter uma abordagem mais adolescente.

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Transformers 4 – A Era da Extinção é pavoroso. Não apenas o pior filme de uma série conduzida por um diretor medíocre, mas um dos piores filmes dos últimos tempos. E tenho certeza que vai fazer sucesso. Michael Bay é um diretor que há 20 anos está viciado nas mesmas soluções visuais e que ainda faz uso de elementos da “gramática” do cinema sem sequer saber as razões, apenas porque “fica legal”. O resultado é um filme horrível. E ponto, não vale a pena muito aprofundamento aqui.

 

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