Fatura chegará em 2015, independente do vencedor das eleições de outubro. Teremos um aumento significativo na conta de energia elétrica, a conta para os cofres públicos em 2014 será de 22 bilhões de reais. Anunciada com pompas em rede nacional a redução de 20% nas tarifas de energia elétrica, em 2015 o prejuízo do setor será pago pelos consumidores, capitalizou-se a redução da tarifa e será socializado o prejuízo. O impacto da intervenção no governo no setor elétrico desestabilizou todo o setor produtivo nacional, pois as regras foram alteradas por medida provisória. Neste ano, a equipe da Fazenda montou uma operação heterodoxa para atenuar os reajustes das tarifas de energia elétrica, combinando mais subsídios do Tesouro Nacional e um empréstimo de um consórcio de bancos às empresas do setor.
A pesquisa Focus do Banco Central que trata da previsão de crescimento da economia brasileira em 2014 recuou de 1,05% para 0,97%, na oitava revisão consecutiva do número para baixo. É a primeira vez neste ano que a projeção para o PIB fica abaixo de 1%. Há quatro semanas a expectativa era de 1,16%.
Para o setor industrial em 2014, a previsão de queda é mais intensa passando de uma retração de 0,90% para uma queda de -1,15%. Para 2015, a estimativa é de um cenário positivo, porém a pesquisa Focus, aponta um recuo de +1,80% para +1,70%. Quatro semanas antes, a Focus apontava estimativa de queda de 0,14% para 2014 e alta de 2,30% em 2015 para o setor.
As projeções para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2014 recuou de 6,48% para 6,44%. O boletim Focus, á quatro semanas, a estimativa era de 6,46%. Para 2015, a projeção se elevou entre uma semana e outra, passando de 6,10% para 6,12%. Um mês antes, a expectativa estava em 6,10%. Por outro lado, as previsões para os próximos 12 meses à frente subiu de 5,92% para 5,95%, conforme a projeção suavizada para o IPCA. Há quatro semanas estava em 5,91%. Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para o IPCA em 2014 no cenário de médio prazo segue em 6,51%. Para 2015, a previsão dos cinco analistas também permaneceu estável, ficou em 6,75%. Há quatro semanas, o grupo apostava em altas de 6,33% para 2014 e 7,03% para 2015.
Em síntese a economia está biruta pela intervenção do governo, em fevereiro de 2013 o Ministro Mantega pediu para os Prefeitos da cidade de São Paulo e do Rio de Janeiro para que não reajustassem as passagens do transporte coletivo. No final de 2013, as ações da Petrobras despencaram porque o reajuste do preço da gasolina ficou abaixo do esperado. A presidente da empresa, Graça Foster, disse que a taxa resultou de uma "intensa negociação técnica" com Mantega. Não podemos esquecer que o Governo Federal tem poder de vetar as decisões tomadas pelo Conselho de Administração, pois é o acionista majoritário. Os números mostram como é visível a mão do governo na inflação. Em 2013, os preços administrados acumularam uma alta de 1,5%, digna de Primeiro Mundo; as demais mercadorias e serviços subiram 7,3%. A primeira taxa foi a menor desde o Plano Real; a segunda, a maior em dez anos.
A trapalhada do Ministério da Fazenda, de reduzir a cota de isenção para os turistas que voltam do exterior em viagem de compras. O valor da isenção, que era de até $ 300 dólares, iria cair para $ 150 dólares. As compras que excederiam os valores de $ 150,00 deveriam pagar 50% de impostos. Ainda bem, que o ministério da fazenda voltou atrás e manteve a cota em $ 300,00.
Por fim, com as intervenções econômicas patrocinadas pelo governo, o mercado começa a operar como biruta de aeroporto e a redução das cotas significa que poderá faltar dólar no Brasil. O sinal efetivo foi limitar os gastos terrestres de turistas. Isto tudo evidencia que o problema no Brasil é estrutural e não conjuntural como diz o Ministro Mantega. Qualquer semelhança com a Argentina e a Venezuela no horizonte não será mera coincidência.
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