Prédios oferecem risco

Família proprietária dos prédios atingidos pelo fogo na semana passada pede que as pessoas não tentem invadir o local

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Prédios atingidos pelo incêndio na semana passada estão sendo invadidosPrédios atingidos pelo incêndio na semana passada estão sendo invadidos
Prédios atingidos pelo incêndio na semana passada estão sendo invadidos
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Os prédios atingidos pelo incêndio no dia 15 de julho foram isolados com tapumes, mesmo assim pessoas estariam invadindo o local. A família Ughini deverá contratar um engenheiro para realizar a vistoria técnica que apontará a situação atual da estrutura para definir se as edificações podem ser restauradas ou demolidas. Uma fruteira, duas lojas, um supermercado e três apartamentos localizados na rua Bento Gonçalves, esquina com a rua General Osório, foram destruídos pelo incêndio. 

Moradores que residem nas proximidades dos prédios confirmaram que pessoas estão entrando no local isolado. “Moro aqui perto. Tem um homem que entra e sai com sacolas cheias. Parece ser um morador de rua”, revelou uma moradora.

Ainda não se sabe como está a estrutura interna dos imóveis, mas há risco. Por isso, a família pede que as pessoas não tentem entrar. “Dois pavimentos desabaram durante o incêndio, inclusive parte do meu apartamento. Não sabemos qual é a situação da estrutura, mas está muito perigoso lá dentro”, relatou Silvana Ughini.

A família Ughini informou que deverá se reunir neste final de semana juntamente com um engenheiro para definir o futuro dos prédios. “Vamos sentar e conversar para ver qual a melhor saída. Também conversaremos com o advogado para ver quais as providências que temos que tomar”, disse Silvana.
O prédio construído na década de 1940 possui quase 70 anos. “O nosso sentimento não seria de demolir, porque é um patrimônio construído pelo vô, que foi passado para o pai e agora pra nós. Temos muito carinho e amor por aquilo, mas precisamos ver o que vamos fazer. Não vamos tomar nenhuma atitude precipitada, tem que ser uma atitude correta”, declarou Silvana.

O engenheiro civil e de segurança, Luiz Henrique Zimermann, que esteve no prédio na semana passada acompanhando a perícia feita pelo IGP, disse que só uma vistoria técnica detalhada da estrutura interna e externa poderá definir o destino dos prédios, mas enfatizou que o local oferece risco. “Vi pilares que com o calor, a ferragem entortou. É claro que precisa de uma análise mais detalhada, mas o local oferece risco, ainda mais com chuvas intensas naquelas sacadas e marquises. Está inclusive interditado”, salientou o engenheiro civil e de segurança.

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