A partir da próxima semana os contêineres do centro da cidade devem começar a ser utilizados somente para o lixo doméstico. Isso, porque algumas parcerias irão garantir que os papelões e demais materiais de descarte das lojas, especialmente as de venda de eletroeletrônicos, sejam coletadas diretamente pelas entidades que trabalham com reciclagem. Ainda no primeiro semestre deste ano havia sido firmada uma parceria entre os lojistas, entidades representativas, associação de moradores, Ministério Público Estadual (MP), Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smam) e algumas entidades que trabalham com reciclagem para que a coleta fosse feita três dias por semana, evitando que esse material fosse parar nos contêineres. Entretanto, a nova legislação para recebimento do alvará no que diz respeito à prevenção de incêndios determina que as lojas não armazenem materiais inflamáveis, o que emperrou o projeto e fez com que se precisasse conseguir mais entidades parceiras para realizar a coleta todos os dias.
“Nesta sexta-feira (25) teremos uma reunião com as entidades que já haviam firmado a parceria e com outras interessadas para definir os dias que cada uma fará a coleta, garantido que o material seja recolhido de segunda a sábado”, explica o coordenador de Fiscalização e Licenciamento Ambiental da Smam, Rafael Luís Colussi. A partir disso, serão distribuídos folderes aos lojistas no sentido de informar sobre a nova maneira de descarte.
A medida, segundo Colussi, foi tomada com dois objetivos: o de conscientização ambiental e o de embelezamento da cidade. “Essa foi a alternativa que encontramos para evitar que estes materiais ficassem caindo para fora dos contêineres, o que passa uma impressão de descuido com a cidade e também é uma forma de auxiliar as pessoas que trabalham com reciclagem, pois receberão um material de melhor qualidade, que não vai ficar exposto à chuva, por exemplo”, salienta.
Utilidade dos contêineres
Os contêineres, instalados em diversos pontos da cidade, têm como principal objetivo favorecer a separação do lixo doméstico e têm no armazenamento do que é descartado por moradores sua principal função. “Não quer dizer que as lojas não podem usar os contêineres para o lixo produzido, mas em pequena quantidade. O que acontece é que os papelões, isopores e plásticos entrariam no que se chama de logística reversa. Mas como ainda existem diferentes interpretações sobre este tema, encontramos esta solução”, pontua o coordenador.
A medida tem como foco uma solução mais imediata para o problema, uma vez que a grande quantidade de resíduos descartados abarrota os contêineres, fazendo com que algumas pessoas acabem por depositar o lixo do lado de fora, na calçada. “Estes equipamentos não foram instalados para descarte de materiais e resíduos, não foram feitos para absorver esta demanda. Então para resolver de imediato essa questão ambiental e visual de contêineres abarrotados e lixo para fora, foi o que motivou todos os envolvidos a buscar uma alternativa para que pudéssemos minimizar os impactos e melhorar a aparência”, avalia Colussi.