Dos 2°C aos 30°C

Depois de dias de frio intenso, a semana vai terminar com temperaturas altas. E a variação climática é uma das principais causas de doenças respiratórias

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Em dias mais frios, evitar a exposição ao clima também ajuda prevenir problemas respiratóriosEm dias mais frios, evitar a exposição ao clima também ajuda prevenir problemas respiratórios
Em dias mais frios, evitar a exposição ao clima também ajuda prevenir problemas respiratórios
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Com a chegada do inverno, muitos problemas respiratórios começam a aparecer. As temperaturas mais baixas favorecem o surgimento ou agravamento de sintomas que afetam, principalmente, olhos, nariz, garganta e pulmões. Mas além do frio, as grandes variações térmicas também contribuem para a manifestação de algumas doenças. Segundo o Ministério da Saúde, a incidência de doenças alérgicas respiratórias, que aparecem principalmente no inverno, vem aumentando gradativamente e nos últimos 20 anos chegou a 40%.

Nesta semana, depois de dias de frio intenso, com temperaturas mínimas entre 2°C e 5°C, a instabilidade deve retornar e deixar os dias mais quentes. Conforme informações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o frio que marcou o último fim de semana vai desaparecer e as temperaturas entram gradativamente em elevação já nesta terça e quarta-feira. Hoje a mínima será de 9°C e máxima já chega aos 19°C. Na quinta e na sexta-feira, a instabilidade deve ocorrer durante o dia e as temperaturas aumentam rapidamente, podendo chegar aos 24°C. Já no sábado, a previsão é de que os termômetros marquem 30°C, 18 graus a mais do que a máxima de 12°C registrada no sábado anterior (26).

Para quem já possui tendências a ter problemas respiratórios ou tem a imunidade baixa, essa mudança é um problema. O médico Jorge Anunciação comenta que crianças de até cinco anos e idosos com mais de 70 anos tem uma dificuldade muito maior em se adaptar as variações climáticas e mais facilidade em adquirir doenças. Ele também afirma que as doenças aparecem facilmente quando o sistema imunológico está enfraquecido. “Com a imunidade comprometida, problemas como sinusite, bronquite, pneumonia e resfriados são mais comuns, especialmente nesta época do ano”, destaca.

A asma, por exemplo, representa um dos maiores gastos do Sistema Único de Saúde (SUS). Dados do Ministério da Saúde revelam que são mais de 367 mil autorizações de internações hospitalar (AIH) ao ano, decorrentes da doença respiratória. Somadas, asma, pneumonia e doenças pulmonares representam 12% de todas as internações no país e gastos superiores a R$ 600 milhões de reais anuais aos cofres públicos. Além disso, as doenças respiratórias crônicas representam hoje a terceira causa de mortalidade por doença no Brasil, ficando atrás apenas dos problemas cardiovasculares e dos cânceres.

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