OPINIÃO

Coluna Celestino Meneghini

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· 2 min de leitura
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Medicina na Imed
Esta é mais uma auspiciosa notícia que fez trepidar as estruturas universitárias do Rio Grande. O anúncio alvissareiro de que a Imed de Passo Fundo está entre as universidades autorizadas a instalar o Curso de Medicina sacode o status da região. Serão dois cursos de medicina privados e um do ensino público nesta cidade. A importância decorre de vários fatores, não se podendo negar que aura da medicina é da maior intensidade, ainda que todos os cursos sejam importantes.

Rede hospitalar
As instituições hospitalares de Passo representam muito na influência que decide novos investimentos. Se tal estrutura agrega pontos na conquista de indústrias de diferentes portes e setores, com muito mais propriedade devemos falar nesta indispensável logística perante a responsabilidade de se instalar o ensino superior da Medicina. Então, a excelência da rede hospitalar de Passo é apelo responsável ao bom desempenho da formação de novos médicos.

Escolasticado
Na verdade, não se sabe o motivo, pouco se tem comentado entre os pesquisadores, a respeito da primeira escola de ensino superior em Passo Fundo, iniciada no começo do século XX. Era o Escolasticado da Sagrada Família, onde surgiram os primeiros filósofos e teólogos formados em Passo Fundo. No prédio onde se instalou a Imed, surgiram acadêmicos e mestres de outras eras. Ali, no entanto, durante muitos anos, funcionou o Seminário da Sagrada Família, com cursos em grau superior para formação sacerdotal. É uma coincidência histórica e de muito significado, como se as paredes antigas e grossas do velho seminário, segregassem nas entranhas a esfinge do saber.

Novos médicos
Antes de parabenizarmos a direção da Imed – Faculdade Meridional, por tão significativa conquista, deixamos bem claro que a diversidade de pólos formadores ajuda a diluir monopólios, o que não é apenas óbvio, mas um fator político. Por isso também é bom saber que teremos a terceira faculdade de Medicina em Passo Fundo que assenta rumos definitivos na liderança médico hospitalar. Assim, certamente teremos mais acesso à assistência médica, sem diminuir a aura singular de uma classe profissional tão importante para o bem estar social da comunidade.

Pedestre
Parece que estamos aprendendo. Tanto pedestres como condutores de veículos. Dias atrás vimos uma cena interessante. Dois veículos subiam sem reduzir a velocidade na rua Benjamin Constant. Repentinamente um grupo de pessoas resolveu cruzar sobre a faixa de segurança, advertindo os veículos que rapidamente se aproximavam. Numa espécie de ousadia de mau gosto, ambos os veículos aproximaram-se demais dos pedestres, mas um deles notou a mancada e se desculpou, pois deveria ter parado antes. Pelo menos recebeu o respeito das pessoas que entenderam seu pedido de desculpas. O outro, que permaneceu em atitude arrogante, parece que vai demorar um pouco mais a se tornar gente.

Retoques:
* O Mateus Miotto, da Rádio Uirapuru, tem revelado talento ao assumir espaço de comunicação. Fala nítido e preza o bom português.
* Parece que alguns moradores não percebem o quanto incomoda o fato de atear fogo no lixo, principalmente no começo da noite. Fogo sempre é perigo. Além disso, a fumaça com aglomerado de componentes plásticos ou sintéticos já é perigosa por si só. Vizinho que bota fogo irresponsavelmente, mesmo que seja na churrasqueira comete leviandade. Ali mora o perigo.
* A utilização da Lei Maria da Penha, não pode servir apenas para dar um susto no marido que bate ou ameaça a mulher. É preciso a consciência de uma nova atitude de vida do casal. Por isso, a mulher que se apóia na estrutura da lei, movimenta polícia e judiciário, não pode simplesmente abandonar o processo no meio do caminho. Isso desgasta as instituições.
* Pessoas que cometem crime de violência em nome da liberdade de manifestação não podem contar com anistia antecipada. Aí, é demais!

 

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