Depois de meses de incertezas, o Hemopasso, que desde o dia 2 de abril vem sendo gerido pelo governo do estado e não mais pela administração municipal, vive um momento em que a preocupação é a única que deve fazer parte do dia a dia da instituição: a captação de doadores. O hemocentro chegou a ficar interditado por 16 dias entre os meses de março e abril deste ano, período em que a coleta de sangue não pode ser realizada. Mas desde a desinterdição, que aconteceu no dia 9 de abril, avançou em tecnologia e em manutenção de serviços, fazendo com que hoje o trabalho esteja focado na coleta e distribuição de sangue.
“Em termos de serviços estamos muito bem”, afirma a diretora, Claudete Mistura Doro sobre a nova fase da instituição. “Nesse período conseguimos trazer novas tecnologias na área da sorologia com equipamentos altamente sofisticados, permitindo que se faça maior número de teste diários. O que mudou na verdade foi a contratação de vários serviços, por exemplo: vigilância ostensiva, manutenção do ar condicionado central, manutenção de equipamentos. E o mais importante: a escolha da direção, por ser técnica”, salienta Claudete, funcionária do quadro, bióloga especialista em Hemoterapia, que foi escolhida diretora no dia 3 de abril, em meio à transição de gerências entre as esferas municipal e estadual.
Passado o período de mudanças, o caminho da instituição é seguir na busca da captação de doadores. “Os rumos serão sempre os mesmos, lutando sempre para a captação dos doadores, pois temos que ser um hemocentro sólido e abastecer toda a nossa área de abrangência que são mais de 130 municípios. Este é um trabalho constante para o bom desempenho desta instituição”, salienta.
Reforma ainda sem previsão
Em vários momentos desde que entrou em funcionamento, foi apontada a necessidade de reformas no local. Por várias vezes iniciada, em diversas administrações, a obra nunca chegou a ser concluída. Até mesmo um inquérito foi aberto sobre a situação da infraestrutura física do hemocentro pelo Ministério Público, ainda não finalizado. Porém, nada de concreto ainda foi apontado, tal como datas de início e término da obra, ou abertura de licitação para contratação de uma empresa para realizar o serviço. “O que existe é um termo de referência arquitetônico já encaminhado, aprovado e aguardando orçamentos, para se tornar efetivo na contratação da empresa, mas por se tratar de um ano eleitoral, com certeza só para o ano que vem”, avalia a diretora.