A superlotação das emergências dos hospitais de Passo Fundo poderia ser resolvida com a implantação de uma Unidade de Pronto Atendimento. Com o aumento do quadro de doenças respiratórias, nesta época, um grande número de pacientes busca atendimento médico nas emergências dos hospitais. Segundo o vice-diretor médico e coordenador da emergência do HSVP, o médico Júlio Stobbe, nos últimos cinco anos as emergências dos hospitais de Passo Fundo operam 50% acima da capacidade. Segundo ele, os motivos que geram esse aumento é a falta de opções na rede pública de saúde.
A maioria dos casos atendidos são apenas consultas médicas e não requerem exames ou internação. “São quadros que não são de urgência, mas que não podem aguardar agendamento para uma consulta”. Desse modo, ele explica que, os casos que geram essa superlotação, poderiam ser resolvidos se houvesse uma Unidade de Pronto Atendimento. “São casos, por exemplo, de pacientes com amidalite e febre, mas que não podem aguardar até o dia do agendamento de uma consulta e necessitam de um atendimento instantâneo”. Ele ainda afirma que 90% dos pacientes atendidos necessitam apenas de consultas. Dentre esse número, mais de 80% dos atendimentos são de pacientes de Passo Fundo.
No Hospital da Cidade a situação não é diferente. A superlotação também já faz parte da rotina da emergência. Segundo informações da assessoria de comunicação do Hospital da Cidade, em épocas como essa a emergência trabalha quase que diariamente acima da capacidade. A emergência do HC possui capacidade para atender 25 pacientes, porém, por exemplo, ontem 43 procuraram atendimento médico. Quase o dobro da capacidade. Além dos problemas respiratórios, entre os casos atendidos na emergência, estão os motociclistas. O número de atendimento destes casos é de quatro a cinco por dia.