Em tempos de volta às aulas, muitas crianças e jovens apresentam resistência em retornar a rotina escolar. Depois de passar alguns dias em casa, os estudantes acabam invertendo hábitos, se desacostumando com horários e perdendo o ritmo. Mas a partir de segunda-feira (4), não tem escapatória. As férias terminam e é hora de encarar a escola. O recesso iniciou para alguns no dia 21 e para outros no dia 24 de julho, mas apesar de durar pouco mais de dez dias, é o suficiente para se desacostumar. Para a psicopedagoga e orientadora educacional do Colégio Bom Conselho, Sabrina Garbelotto, o problema é normal e apesar de acontecer mais no início do ano, onde os estudantes passam mais tempo longe da escola, ocorre também nesta época. “Os alunos passam a acordar mais tarde, ficam mais tempo no computador e mudam seus horários, com isso acabam criando uma nova rotina, diferente da escolar”, comenta.
Na segunda-feira, o segundo semestre letivo deve iniciar nas escolas particulares e também para os 38.464 alunos da rede estadual da região da 7ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE). Em alguns colégios, programações especiais devem receber os alunos. Para a psicopedagoga, essas programações são essenciais para diminuir o impacto do retorno. “A escola tem um papel importante e precisa criar um ambiente de acolhida, onde o aluno se sinta bem e feliz em retornar”. Nos colégios Notre Dame e Notre Dame Menino Jesus, os 1.530 e 850 alunos respectivamente, serão recepcionados pela direção e conhecerão uma nova campanha da escola. O Colégio Conceição também está preparando um momento especial para os professores, além da tradicional recepção que ocorre às 7h30 aos mais de mil alunos. No Bom Conselho também serão realizadas atividades de acolhida.
Incentivando os filhos
Durante as férias a postura dos pais é essencial. Eles devem dialogar com os filhos e impor, da maneira certa, as obrigações dos jovens e a importância da escola. Sabrina destaca que alguns dias antes das aulas retornarem, os pais devem estimular que os filhos reestabeleçam, principalmente, seus horários. A psicopedagoga também explica que o problema é maior para as crianças, já que elas têm mais dificuldade em se adaptar. “Neste momento os pais precisam ter paciência e fazer de tudo para tornar a rotina da escola agradável e tranquila”, finaliza.
O mais importante, para as crianças, adolescentes e até mesmo professores, é não deixar o ritmo diminuir e continuar, durante as férias, com os mesmos costumes do período escolar. Levantar cedo, dormir no mesmo horário e fazer atividades educativas é o mais indicado para quem não quer sofrer com as mudanças.