Permanência do Ibama em Passo Fundo segue indefinida

Superintendente regional se reúne hoje em Brasília com presidente substituto da entidade para tratar do assunto

Por
· 1 min de leitura
Base avançada conta apenas com cinco  funcionários para atender 51 municípios da regiãoBase avançada conta apenas com cinco  funcionários para atender 51 municípios da região
Base avançada conta apenas com cinco funcionários para atender 51 municípios da região
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

O chefe da base avançada do Ibama em Passo Fundo, Flabeano de Castro, disse ontem que   a manutenção do órgão no município não tem uma definição. Segundo ele, no ofício encaminhado pelo presidente substituto do Ibama, Fernando da Costa Marques, para o superintendente do Ibama no Rio Grande do Sul, João Pessoa Riograndense Moreira Júnior, ele menciona apenas que ‘neste momento’ não há previsão para fechamento da Base. A nota fala ainda sobre a indisponibilidade de cargos e que não há intenção para  transformar a Base em escritório regional.

Castro avaliou a resposta do presidente substituto como uma derrota. “Já sabíamos que o fechamento não pode ocorrer este ano em razão das eleições. A previsão é para 2015. Ao anunciar que não existem cargos para transformar a Base em escritório permanente está decretando o fechamento, até porque as bases são temporárias” avalia.

A notícia sobre o fechamento da unidade de Passo Fundo vem sendo cogitada desde 2007, a partir da criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. A mudança provocou transferência de pessoal e de patrimônio para o novo Instituto. Dos sete escritórios regionais que existiam no Rio Grande do Sul, três deles nas cidades de Passo Fundo, Caxias do Sul (já fechado), e Tramandaí, foram rebaixados para a condição de Base Avançada, atuando com uma estrutura mínima. Foram mantidos escritórios em Bagé, Rio Grande, Uruguaiana e Santa Maria. Com a divisão, a intenção é manter apenas 60 unidades em todo o Brasil.

 Preocupados com a perda do órgão que cobre uma área de 51 municípios  em toda a região de Passo Fundo, lideranças políticas, ambientalistas e Ministério Público Estadual e Federal realizaram uma série de mobilizações nos últimos sete anos, na tentativa de reverter o quadro.

A mais recente delas aconteceu em maio deste ano, através de uma audiência pública no auditório do Ministério Público Estadual, com a presença de Moreira Júnior. Na oportunidade ele não só defendeu a permanência do órgão, mas também o seu fortalecimento, retomando a  condição de escritório.

O próprio superintendente destacou que a Base atende assuntos de atribuições federais, como a questão indígena, fauna, flora, tráfico de animais e escoamento de madeira, considerados critérios fundamentais para  manutenção do órgão na região.

Nesta quinta-feira, Moreira Júnior participa de uma reunião, em Brasília, com o presidente substituto Fernando da Costa Marques. A manutenção do órgão em Passo Fundo será um dos assuntos da pauta.

Gostou? Compartilhe