O xadrez conquista o mundo

Jogo deixa de ser considerado difícil e conquista cada vez mais adeptos, principalmente entre os mais jovens

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A competição iniciou às 8h30 de domingo e só terminou por volta das 16hA competição iniciou às 8h30 de domingo e só terminou por volta das 16h
A competição iniciou às 8h30 de domingo e só terminou por volta das 16h
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Raciocínio e concentração são as palavras-chave quando se fala em xadrez. Com uma origem imprecisa, mas com hipóteses de ter surgido na Índia, por volta do século VI depois deCristo. Conhecido como “o jogo do exército”ou Chaturanga, o xadrez podia ser jogado com dois ou mais jogadores e foi graças às viagens dos mercadores e dos comerciantes que o jogo se espalhou para o leste e oeste. Com o tempo e depois de muitos estudos, os árabes perceberam a relação do esporte com a matemática e, aparentemente, foram os primeiros a formalizar e escrever suas regras. Passados tantos anos, o esporte que antes causava arrepios por parecer quase impossível de se aprender, hoje, é diversão certa entre adultos e crianças. E para incentivar ainda mais essa atividade, o Passo Fundo Xadrez Clube organizou no domingo (17), o Torneio Aberto de Xadrez que aconteceu no Salão de Atos do Colégio Marista Conceição e contou com o apoio da escola e da Prefeitura de Passo Fundo. 

O objetivo principal, segundo o tesoureiro do Clube, Francisco Aldobil Farias dos Santos, é incentivar a prática e divulgar o esporte, principalmente entre os mais jovens. Jogador há mais de 40 anos e, atualmente, árbitro, ele acredita que o que falta é o reconhecimento da importância do xadrez para a formação das crianças. Para ele, o mais importante é entender que o xadrez não é um jogo de azar e, sim, um jogo de inteligência. 

Ao todo, foram 64 participantes divididos em três categorias: Sub-10 (nascidos após 2004), Sub-14 (nascidos entre 2000 e 2003) e Sub-18 (nascidos entre 1996 e 1999). Para o servidor público Akira Fogaça, que joga xadrez desde pequeno e participou da competição, falta incentivo nas escolas e, principalmente, do poder público, em apoiar mais eventos na cidade. Fogaça, que é natural de Lages, conta que lá o incentivo ao esporte era muito maior do que em Passo Fundo, que ainda não conseguiu consolidar o xadrez entre os mais novos. Para ele, o que mais chama atenção no esporte é o nível que ele exige dos competidores que, em muitos casos, chegam a estudar sobre o xadrez antes de jogar. 

Enquanto acompanhavam os últimos movimentos da competição, alguns jogadores destacaram uma vitória para o esporte: a participação nas próximas Olimpíadas. Mesmo que em caráter experimental, todos concordam que é um grande passo para um jogo que antes era deixado de lado. 
Outra notícia importante para os amantes do esporte são as leis que vêm sendo aprovados e que incluem o jogo de tabuleiro no currículo das escolas. Segundo o membro do Passo Fundo Xadrez Clube, essas iniciativas são importantes porque o xadrez, além de ajudar na socialização das crianças, ainda contribui no desenvolvimento da concentração e melhora o aprendizado dos estudantes. Essa medida copia escolas no exterior, como na Alemanha e nos Estados Unidos que já incluem o esporte em seus currículos e vários Estados brasileiros já adotaram a ideia. Bom para quem, assim como Akira e Francisco, que acreditam que a base do xadrez deve ser construída ainda na infância e que de difícil, o jogo não tem nada.

 

 

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