Das salas de aula para a beira do palco

As manhãs e as tardes são delas: escolas da cidade e da região lotam a lona e prestigiam os quinze grupos do XII Festival Internacional de Folclore

Por
· 1 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Não há como negar: há inúmeras diferenças entre o público das noites do Festival e o público das manhãs e tardes do evento. A idade é uma delas. A atenção, outra. Mas são as reações que mais se diferenciam entre os turnos. Se, durante a noite, o público é, em grande parte, adultos que apreciam o espetáculo como uma expressão artística, durante a tarde o público, formado por alunos das escolas da cidade e da região, vê o palco como uma novidade e tudo que passa por ali como um convite para um mundo de cor, ritmo e intensidade. 

As manhãs e as tardes, no Festival Internacional de Folclore, são destinadas aos grupos de alunos que, acompanhados de suas escolas, participam das apresentações e, geralmente, realizam trabalhos escolares sobre aquilo que viram ou sobre os países que participam do evento. Ao se aproximar do Parque da Gare, os grupos parecem seguir um ritual: o esforço é por se manter na fila encabeçada pela professora enquanto olham para todos os lados e se adaptam ao ambiente que oferece um amontoado de culturas diferentes.
A idade, durante o Festival, pouco importa. Dos mais pequenos aos maiores, o desejo é apenas um: ver, mais de perto, aquilo que só ouvem falar. Bianca, de 5 anos, freqüenta a educação infantil da escola Brilho de Sol, de Passo Fundo, e encontrou o Festival pela primeira vez na tarde de segunda-feira. Da primeira fila de cadeiras, se encantou pelas saias coloridas das dançarinas de Cuba. Os olhos atentos não desviaram do palco um minuto. “Se elas vierem de novo, eu venho. Vou falar com minha mãe”, dizia ela.
Diferente de Bianca, Ana Júlia Sagioratto, Letícia Sagioratto e Apoliana Lorençon são de Mato Castelhano, tem treze anos e estão visitando o Festival pela terceira vez. “Os países são muito diferentes e são criativos. Gosto de ver as cores”, comenta Ana. Ainda que oito anos mais velhas que Bianca, destinam a mesma atenção que a pequena para o palco. E, ainda que já estejam acostumadas com o que o Festival proporciona, elas não deixam de se encantar, de sorrir e de se surpreender a cada novo grupo que pisa no palco.

Gostou? Compartilhe