Orgulho na vila Rodrigues

Moradores que conviveram com Beto na infância comemoraram presença dele na chapa de Marina

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Residindo ao lado do bar onde comandou por mais de 30 anos, dona Jandira lembrou da época em que Beto Albuquerque frequentava seu estabelecimentoResidindo ao lado do bar onde comandou por mais de 30 anos, dona Jandira lembrou da época em que Beto Albuquerque frequentava seu estabelecimento
Residindo ao lado do bar onde comandou por mais de 30 anos, dona Jandira lembrou da época em que Beto Albuquerque frequentava seu estabelecimento
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A confirmação de Beto Albuquerque para ser o vice da candidata à presidência Marina Silva, (PSB), repercutiu de maneira especial entre os moradores da vila Rodrigues, em Passo Fundo. No bairro onde cresceu o primeiro político na história do município a compor uma chapa na disputa pelo cargo mais importante do país, o sentimento era de orgulho. 

A família da aposentada Maria Jandira Cunha Rodrigues, 82 anos, estava na expectativa desde que o nome do passo-fundense passou a ser cogitado para ocupar a vaga, após o trágico acidente aéreo que provocou a morte do então candidato Eduardo Campos.

Por mais de 30 anos, dona Jandira, como é carinhosamente conhecida entre os moradores, foi proprietária do bar, nos cruzamentos das ruas Senador Pinheiro com a Campos Sales, distante cerca de 50 metros da residência da família Albuquerque. Era ali que Beto costumava bater o ponto antes de iniciar o dia de trabalho na oficina mecânica do pai. “Conheço ele desde criança. Se criou aqui, vinha tomar o café da manhã, era pastel com refrigerante ou café. Por várias vezes falei que um dia chegaria muito longe, e realmente chegou. Lembro de quando ele entrou aqui em casa carregando um pacote de convites de sua formatura. Entregou o meu, fazendo questão que eu comparecesse. Estamos muito orgulhosas por ele” afirma.

Filha de dona Jandira, Liane Rodrigues Toazza, 52 anos, recorda da época em que, ainda crianças, desvendavam o quarteirão de bicicleta e também das sessões de matiné no cine Coral. “Passamos a infância juntos. Sempre foi um lutador. Lembro dele trabalhando como empacotador de um supermercado aqui do bairro, de quando passava com o violão em direção à igreja. Acompanhamos a trajetória dele desde que disputou uma vaga na câmara de vereadores” recorda.

Sobre esta mesma disputa ao legislativo, o amigo de infância, Antônio Lira Oliveira, 58 anos, proprietário de uma oficina de chapeação no bairro, guarda algumas passagens interessantes. “Fizemos uma carreata com cinco ou seis carros apenas. Numa certa altura, nos deparamos com a carreata de um candidato a prefeito, tinha carro de toda a cidade. Ele também fez um comício na Gare, acho que reuniu umas seis pessoas. Hoje seria bem diferente” brinca.

Beto concorreu a vereador no ano de 1986. Apesar de ter sido o candidato mais votado, não chegou a assumir em função da falta de votos legenda. Cliente do bar onde o politico costumava frequentar na infância, o policial aposentado, Paulo Ricardo Lima Simões, 52 anos, disse ter sido colega de Beto no jardim de infância, na escola Salomão Iochpe. “ A indicação dele é um orgulho para Passo Fundo. Tenho a intenção de votar na Marina somente num eventual segundo turno. Seria melhor ele na cabeça de chapa, mas ainda não tem a projeção nacional dela” observou.

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