OPINIÃO

Celestino Meneghini

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· 2 min de leitura
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Racismo e equívoco
A condição de tradicional clube de futebol, digno de respeito ao longo de um século, não pode jogar o Grêmio na desgraça. A atitude de torcedores em desrespeitar um semelhante, ainda que no delírio e desvario que marca uma torcida de futebol, não deve ser atribuída a uma agremiação séria. É justo e pedagógico agir com severidade contra a atitude e punir severamente a discriminação racial cometida durante o jogo contra a equipe paulista. O que parece um despropósito é o papel sensacionalista de alguns protagonistas da comunicação social renitentes no objetivo de prejudicar o clube como instituição, que historicamente tem sido adversário robusto em todas as competições. O desejo de enfraquecer o adversário (no caso o Grêmio) não deve ser a bandeira maior. Estancar a escalada da violência verbal nos estádios é educativo e justo. Mas, o Grêmio, jamais compartilharia de uma atitude considerada crime racial, embora alguns fatos, como a provocação acintosa do goleiro, mesmo que nada justifique, indique a intenção de prejudicar o adversário.

Os clubes
No caso que envolve torcedores gremistas, gritando expressões discriminatórias, estes devem ser punidos, banidos dos estádios e tudo o que prevê a lei. Nestes casos os clubes são a parte mais fraca. Não se diga que sejam inocentes, apenas a parte mais fraca. Punir demasiadamente uma agremiação não vai convencer os idiotas de se tornarem sensatos que continuarão agindo com os vícios pessoais, sem se incomodar com as vítimas e os prejuízos aos próprios clubes de sua preferência.

Bons torcedores
A insensatez coletiva precisa ser coibida, como acontece nos casos de depredação de patrimônio público, destruição de praças públicas ou placas de trânsito. Errado seria cessar todos o investimento em melhorias da praça ou na arborização de logradouros coletivos para desagradar os predadores. Ora, aí se faria exatamente o que estes seres humanos realizam deliberadamente para se exibirem em grupos de destruição. Punidos serão as crianças e as pessoas de bem, com a destruição. No caso da torcedora ou torcedores, que sejam responsabilizados legalmente eliminando-se indivíduos que vão a campo praticar violência e prejudicar as pessoas de bem. Deve haver coerência na punição, para não tirar o foco da justiça, sob pena de serem punidos bons torcedores que ajudam o espetáculo, sob uma falsa premissa de solidariedade passiva espúria e absolutamente inexistente.

Atestados
A questão do crescente número de atestados médicos juntados como justificativa para faltar ao trabalho volta a preocupar. A atitude é repudiável, mas é difícil atribuir falsidades em alguns casos. Por isso, como em toda a vida, a atitude moral das pessoas é o mais importante. Quem se presta a alegar doença para se ausentar do trabalho, a rigor, não deveria ser sequer contratado. Mas, como prever tudo isso?

Retoques:
* A Expointer destaca o valioso trabalho dos produtores de leite, pesquisadores da genética, veterinários, ocupação de área, pastagens, nutrição do animal, manejo, e tantas providências de muito suor e qualidade. Tudo para termos o melhor leite, com se encaminha grande parte do investimento laborioso em Passo Fundo e região.
* O problema é a falta de escrúpulo de transportadores, alguns já flagrados, ou abjetos industriais que falsificam e misturam substâncias prejudiciais.
* Só uma cruzada de controle à comercialização do leite, seriedade fiscal e severidade contra criminosos que traem a saúde pública poderá garantir mercado, renda e saúde para a produção que cresce muito no Planalto Médio.
* A UPF mantém um centro de pesquisa de qualidade de alimentos, que hoje é instrumental indispensável tanto ao êxito de um setor em crescimento como para a política de urgente qualidade.
* Passo Fundo tem sua economia ligada à produção de leite e tem tudo para estabelecer um diferencial de riqueza no campo. Vale a pena aliar-se aos órgãos capacitados para produzir o melhor leite no mercado brasileiro.

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