Anjos ou demônios
No momento em que a campanha eleitoral começa a ingressar na fase final e decisiva, o ambiente político e econômico no Brasil, passam a respirar certezas, angústias e ao final muitas incertezas. A certeza é a de que a frase “eu não sabia” passará à história como a frase-lema do Brasil pós-ditadura. Será lembrada quando, no futuro, quiserem recordar a época em que o país era regido pelo cinismo. Lula usou-a no escândalo do mensalão do PT. Citando-o, o tucano Azeredo repetiu-a no processo do mensalão do PSDB. Alckmin empregou-a no caso do cartel dos trens e do metrô. Volta agora, com variações, na desconversa de Dilma sobre o petrolão: “Eu não tinha a menor ideia de que isso ocorria dentro da Petrobras.''(Josias de Souza)
Outra situação que fica clara, é que a grande mídia parece não atingir o coração e o senso comum da maioria dos eleitores brasileiros. As denúncias amplamente divulgadas no anos noventa e que culminaram com o impeachment do Presidente Fernando Collor, encontravam eco na Câmara dos Deputados, em um partido organizado e com uma bancada de deputados federais atuantes e lideradas por José Dirceu, as massas foram para rua e o Congresso Nacional votou pelo impeachment do primero Presidente eleito pelo voto direto após a ditadura.
Após aquele episódio, escorado pela grande mídia que promovia capas e reportagens bombásticas contra os governos o PT passou a se constituir como força alternativa de poder e principlamente política no Brasil. Perdeu em 1998 no primeiro turno para Fernando Henrique porém em 2002, Lula venceria Serra com a propoganda emblemática dos ratos roendo a bandeira brasileira, aquela imagem marcou e tocou o povo brasileiro.
Pois bem, passou-se o governo Lula, e as vésperas da eleição de 2014, estoura um novo escândalo na Petrobras, a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa "é ruim para a campanha à reeleição e para o PT, pois desperta novamente o tema da corrupção a menos de um mês do segundo turno", avalia Kennedy Alencar, em comentário na rádio CBN.
"Para Marina Silva (PSB), há o incômodo pela citação de Eduardo Campos por Costa na delação premiada. Isso inibe ataques mais diretos da ex-senadora à Dilma", acrescenta o jornalista.
Em relação a Aécio Neves, o comentarista acredita que o caso pode servir como uma tentativa para o tucano voltar a ter chance de chegar ao segundo turno. "Mas o PSDB tem seus próprios casos de corrupção para lidar, o mensalão tucano, o cartel do metrô de São Paulo e contratos da Alstom no setor elétrico. Há pouca credibilidade do partido para atacar o PT", afirma.
Para contribuir com o “todos somos iguais” o Jornal ODIA divulgou que após sua morte e mesmo ainda antes de ter seus restos mortais identificados o presidenciável Eduardo Campos doou 2,5 milhões de reais de sua conta de campanha para a campanha de sua substituta Marina Silva, o Partido Socialista Brasileiro (PSB), por meio da Coligação Unidos pelo Brasil repudia a manchete maldosa e inverídica publicada pelo jornal O Dia (“Depois de morto, Eduardo “doa” R$ 2,5 mi a Marina”, edição de 09/09/2014) que, baseada em opiniões jurídicas equivocadas, mostra total desconhecimento da lei eleitoral, contribuindo para confundir a opinião pública. O jornal colocou sob suspeita uma movimentação financeira absolutamente lícita. No rigor da transparência que pauta os atos da Coligação e para recuperar a verdade dos fatos.
Ainda existe o caso do Pastor Everaldo, do Partido Social Cristão, que defende a família e é processado pela ex-mulher por agressão, esse fato novo, calou o mesmo no debate do SBT, talvez ele seja o mais autêntico nas suas falas sobre economia, e fale realmente o que pretende fazer.
Enfim, a polarização PSDB e PT, sufocou o Brasil e o povo brasileiro, que não encontram nos partidos, uma representação, sensata, transparente e coerente e com os anseios da sociedade, pois não se realizam mais comícios em praças, ruas, e hoje os comícios são em ambientes fechados, onde os registros fotográficos e as filamgens para TV são fechadas para mostrar que não sobra espaço e que o ambiente está cheio. As angústias e as incertezas ficam por conta de que os eleitores terão que escolher o “menos” pior, e não o melhor candidato ou candidata com o melhor projeto para o Brasil.
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