O CTG Lalau Miranda tem um dos cafés-de-chaleira mais tradicionais de Passo Fundo. Há pelo menos 15 anos, durante 10 dias do mês de setembro, incluindo a Semana Farroupilha, eles servem o tradicional desjejum composto por feijão tropeiro, pães, bolos, cuecas viradas, e café. Muito café. Neste ano, já foram servidas mais de 5 mil refeições tradicionais desde o dia 10 de setembro. Quem ainda não aproveitou os cafés-de-chaleira tem até este sábado para participar.
O atual patrão José Henrique Fonseca conta que a tradição se iniciou a pedido das pessoas que frequentavam o CTG durante as Semanas Farroupilhas e participavam das rodadas de mate e outras atividades. Dede então a procura só aumenta. Durante os dias em que a refeição tradicional é servida, a cozinha permanece com atividades praticamente 24h todos os dias. Assim que se encerra o serviço de uma refeição, as equipes já começam a organizar tudo para o dia seguinte. Tudo que é servido durante o café-de-chaleira é produzido pela entidade, desde bolos e pães até os biscoitos e o tradicional feijão tropeiro e o carijó (feijão, incrementado com arroz, ovos e tempero verde).
No início a cozinha era de chão batido e o fogo era feito ali mesmo. Hoje há uma estrutura maior para dar conta do número de refeições que são servidas em cada atividade promovida pelo CTG. Além de pessoas da comunidade, diariamente o Lalau Miranda recebe alunos de escolas próximas para experimentarem os pratos típicos do café.
As equipes de voluntários, formadas por pais de participantes das invernadas e amigos da entidade, começam a trabalhar todos os dias às 4h da madrugada para organizar tudo até a chegada das primeiras pessoas. No total, cerca de 200 pessoas se revezam para que tudo saia conforme o planejado. Boa parte dos alimentos utilizados nos dias do café-de-chaleira é arrecadada entre os integrantes das invernadas e seus familiares.
