Os bancários de Passo Fundo e região, reunidos na noite desta quinta-feira (25), em assembleia, deliberaram pela greve da categoria, por tempo indeterminado, a partir da zero hora da próxima terça-feira (30). Os trabalhadores seguiram orientação do Comando Nacional dos Bancários que considera insuficientes as propostas de reajuste salarial apresentadas pela Fenaban, após cinco rodadas de negociação. As assembleias também ocorreram em outras 37 cidades gaúchas.
O coordenador da secretaria de organização do Sindicato dos Bancários de Passo Fundo e Região, Carlos José Marcos, explicou que a categoria reivindica um reajuste salarial de 12,5% para todos os níveis, além de novas contratações, fim das demissões, das metas abusivas e do assédio moral no ambiente de trabalho. A última proposta global apresentada pelos bancos na última semana, era de um reajuste de 7% no salário (0,61% de aumento real) e de 7,5% no piso (1,08% acima da inflação).
“Definimos pela greve porque a Fenaban novamente não quer dialogar. Mas queremos evitar a greve e, por isso, estamos abertos a negociação até a próxima terça-feira”, disse. Em Passo Fundo, são aproximadamente 24 agências bancárias e 15 postos de atendimento que devem ter seus serviços comprometidos com a greve. O Sindicatos representa aproximadamente 900 bancários ativos e 300 inativos na região. No ano passado, os bancários de Passo Fundo ficaram 23 em greve. Já a paralisação dos servidores do Banrisul durou 43 dias.
Principais reivindicações dos bancários:
- Reajuste salarial de 12,5%.
- PLR: três salários mais parcela adicional de R$ 6.247.
- 14º salário.
- Vales alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
- Gratificação de caixa: R$ 1.042,74.
- Gratificação de função: 70% do salário do cargo efetivo.
Vale-cultura: R$ 112,50 para todos.
