Telhado verde, colorido e barato

Pesquisa inédita desenvolvida na UPF estudou a utilização da Persicaria capitata em telhados verdes e apontou resultados positivos

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Pesquisadora destaca a alta resiliência e valor ambiental da planta para a técnica do telhado verdePesquisadora destaca a alta resiliência e valor ambiental da planta para a técnica do telhado verde
Pesquisadora destaca a alta resiliência e valor ambiental da planta para a técnica do telhado verde
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As cidades cada vez mais densas, populosas e poluidoras têm demandado de estudiosos alternativas para propiciar bem-estar e qualidade de vida aos seus habitantes. Nesse contexto, nos últimos anos o telhado verde tem ganhado força, surgindo também como opção para embelezar as construções. Mas qual é a melhor planta a ser utilizada para essas finalidades? Um estudo desenvolvido no curso de Agronomia da Universidade de Passo Fundo (UPF) e recentemente apresentado no XIX Congresso Internacional de Horticultura, que ocorreu em Brisbane, na Austrália, aponta caminhos.

O telhado verde é uma técnica que emprega plantas herbáceas sobre lajes de casas e prédios e sua viabilidade e eficiência no conforto térmico, especialmente, dependem das técnicas empregadas e da escolha de espécies a serem utilizadas. O estudo realizado na UPF foi implantado pela primeira vez em 2012, mas foi repetido com sucesso neste ano, referendando os resultados apontados anteriormente.
A planta escolhida para a pesquisa foi a Persicaria capitata, originária da Índia e conhecida também no Brasil como tapete inglês ou tapete mágico. Adaptada ao clima subtropical e tropical serrano, tem ramos com mais de 20 cm de comprimento e inúmeras flores de colorido róseo, que sobressaem sob a folhagem durante todo o ano. De acordo com a pesquisadora, Dra. Claudia Petry, a planta é de eficiente propagação e tem fácil e baixo custo de implantação e manutenção. “Nas pesquisas realizadas, avaliamos em diferentes substratos a propagação desta espécie por estaquia conjugada ao processo de semeadura natural”, afirmou.

Método e resultados
No estudo, foram separadas 192 estacas coletadas de plantas adultas. O experimento foi conduzido em bandejas, em diferentes tipos de substratos: casca de arroz carbonizada, mistura artesanal de solo mineral + composto orgânico e humosolo; e com e sem a presença de flores. Após 40 dias, avaliou-se a porcentagem de estacas vivas e de estacas enraizadas, o número de folhas novas e de plantas emergidas. Estes substratos são para uso em produção orgânica e sustentável.

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