Uma parceria que deverá ser oficializada em breve entre a UPF e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) permitirá que software desenvolvido em Passo Fundo seja embarcado em um nanossatélite com lançamento previsto para o final de 2016. Entre o final de 2014 e 2015 um outro projeto que conta com software programado pelo professor da área de Informática do Instituto de Ciências Exatas e Geociências da UPF, Mateus de Oliveira Pereira, será lançado. O futuro projeto que será chamado AESP-16 terá como provável missão mensurar a irradiação solar, por um equipamento desenvolvido pela divisão de Geofísica Espacial do Inpe, conforme explica o professor que é mestre em Engenharia Eletrônica e Computação pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
De acordo com Pereira a motivação de realizar a parceria para o AESP-16, se deve a participação dele no projeto AESP-14 do ITA, quando realizava o mestrado naquela instituição. “No projeto AESP-14 fui responsável pelo desenvolvido de todos os softwares embarcados no AESP-14. Como a equipe que desenvolveu o AESP-14 pretende desenvolver o AESP-16, fui convidado a participar também no desenvolvimento deste novo cubesat. Então a ideia será oferecer bolsas de iniciação científica do projeto para alunos dos cursos de Engenharia e Computação que possam auxiliar no desenvolvimento dos softwares, formando assim recursos humanos para o setor aeroespacial”, detalha.
O cubesat AESP-16 ainda está em fase de concepção, porém a missão mais provável será mensurar a Irradiação Solar, por um equipamento desenvolvido pela divisão de Geofísica Espacial do INPE. A construção deste tipo de satélite envolve três áreas principais: engenharia, eletrônica e programação. Em recente palestra do professor Pereira no Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada (PPGCA) da UPF, explicou que os nanossatélites são uma estratégia do governo brasileiro para estimular pesquisas e a capacitação de pessoas na área.