OPINIÃO

Coluna Celestino Meneghini

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Credibilidade
O eleitor brasileiro parece mais concentrado e atento na credibilidade, ou honestidade de candidatos. Esses valores pesam bastante no critério de escolha do presidente e governador. Esta questão da seriedade passa, sem dúvida, como o grande crivo, supondo-se sempre a competência. Esta busca, um regate do verbo, traz embutida a idéia de reconstrução de lideranças que se adaptem às exigências modernas da República. Pode-se dizer que esta disputa está encaminhando fundamentos de uma nova política, que não depende apenas de leis novas, mas de reforma essencial nos costumes. O eleitor, ou as pessoas deverão colher como resultado o apreço pelos valores de lealdade e probidade. Como tal, devemos entender que é o eleitor que decide rumos ao votar motivado por questões menores ou vantagens individuais, sem contar a indisfarçável insistência do voto de cabresto ou a corrupção direta. É comum vermos opções que deveriam estar calcadas nos princípios da justiça, paz e desenvolvimento mas são tomadas apenas por vantagens corporativas, sem que a consciência consulte o interesse público ou coletivo no contexto da nação brasileira. Se temos um lado da moeda onde o candidato é formador de personalidade cívica pelas atitudes éticas, temos também o papel do votante que pode eleger o menos capaz e menos honesto, ou alguém de caráter que garanta fidelidade à missão política. Não há como fugir da realidade do “dize-me quem és que te direi em quem votarás!” Queremos dizer que o resultado médio do pleito será o reflexo de seu povo. Termos uma comunidade tão representativa e séria quantos cidadãos votarem conscientes e com espírito público.

Farmácias
O Supremo Tribunal definiu sobra a legalidade de comercialização nas farmácias e drogarias de produtos diferenciados da lista de remédios. Havia questionamento da Procuradoria da República entendendo que seria proibido às farmácias vender doces, e outras mercadorias que hoje formam prateleira muito diversificada nos estabelecimentos farmacêuticos. A Anvisa fez interpretação fora da hierarquia da lei constitucional que explicita a venda de remédios somente através de farmácias, para proibir a automedicação. A Constituição Federal diz que só as farmácias comercialização remédios. Mas não diz que as farmácias só poderão vender remédio. Fica, portanto, ao critério de cada estado a regulamentação da autorização para comércio de outros produtos. Houve tempos em que as farmácias vendiam cigarro, o que atualmente seria absurdo. Por isso, estão proliferando as farmácias, com muitos produtos que não são apenas remédios. E os ministros do Supremo entendem que não cabe a proibição do amplo comércio, para não ferir o princípio da liberdade econômica. O comércio também modifica seu perfil, principalmente considerando que as farmácias, com extensão do horário de expediente também podem oferecer produto que facilita ao consumidor.

Retoques:
* Se temos a certeza de que há eleitores preocupados em votar em pessoas sérias, também é provável que muitos maus eleitores vão sempre preferir candidatos de conduta duvidosa.
* A disputa para a presidência e para o governo do estado, segundo as pesquisas, indica mais de uma possibilidade para o certame no segundo torno.
* Nos últimos dias tivemos três ações policiais bem-vindas para as esperanças de justiça. A prisão de dois empresários de alto coturno e o indiciamento de funcionários do transporte público na Codepas, por suposto desvio de dinheiro de passagens. Isso ajuda a crença das pessoas que lutam com muito ardor e boa vontade para sobreviver sem prejudicar o próximo. A imprensa divulgou bem os fatos.
* O segundo turno, para presidente e governador terá fator importante que é a igualdade do tempo de propaganda e a possibilidade de formação de novas alianças (apoios), o que pode alterar perspectivas e tendências.
* A disputa de preços e qualidade de alimentos nos supermercados merece ser estimulada em Passo Fundo. Temos uma vocação regional para a produção no setor. Aqui se consome muito alimento. Por isso estamos constatando transformações que são exigidas pelo consumidor em suas casas e na respeitável cadeia de restaurantes.

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