Pesquisa aponta que indústria sofre com a falta qualificação

Setor tem pelo menos 1,1 mil vagas em aberto. Carência é maior nos segmentos metalmecânico e segurança do trabalho

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Os índices oficiais mostram que Passo Fundo cresce a cada ano. Novas indústrias, empresas do setor do comércio e serviços investem na cidade que é apontada como a mais atraente do Estado para negócios. No entanto, as empresas daqui sofrem com a falta de trabalhadores qualificados. O problema aumenta conforme o porte das empresas e o segmento de atuação. O diagnóstico, apresentado nesta quarta-feira (1º), na sede da Associação Comercial Industrial de Serviços e Agronegócio (Acisa), foi elaborado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Passo Fundo em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Acisa e Associação das Micro e Pequenas Industrias de Passo Fundo (Ampip).
Segundo o secretário de desenvolvimento, Carlos Eduardo Lopes da Silva, o diagnóstico foi realizado através de questionários respondidos por empresários do setor industrial do município e, mesmo com um baixo índice de retorno (20%) foi possível identificar um grande número de profissionais das empresas que precisam passar por qualificação profissional. “Para 2014, os empresários apontaram uma carência de 1.124 vagas, mas isso considerando a realidade de apenas 47 indústrias de Passo Fundo. Se considerarmos as empresas que não participaram da pesquisa, este número seria potencialmente maior. Para 2015, a pesquisa apontou que o mercado deve absorver no mínimo mais 500 vagas”, relatou.

Os setores mais carentes de mão de obra qualificada são da metalmecânica, com cerca de 300 vagas em aberto, da segurança do trabalho, com quase 500 postos e da construção civil, que em 2014 tem uma demanda represada de 142 profissionais. Além destes segmentos, as indústrias apontaram a falta de quase uma centena de profissionais para os cargos de supervisão, controle de processo e qualidade. Participaram do levantamento 47 empresas dos setores automotivo, têxtil, alimentício, metal mecânico, máquinas e construção civil, além de outros setores que compõe diferentes segmentos na cidade. A coleta de dados foi realizada durante três meses. 

Soluções
Com base nestes dados o secretário sugeriu uma parceria entre a Prefeitura e as entidades para criação de cursos técnicos nas áreas mais carentes de profissionalização. “O aumento da produtividade passa essencialmente pela qualificação dos profissionais, em um trabalho estruturado com as informações das necessidades das empresas. Desta forma, poderemos fortalecer e desenvolver cursos para para suprir a esta demanda diagnosticada”, contou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Carlos Eduardo Lopes da Silva. A gerente regional do Sebrae, Maria Martins Meyer, também comentou que a instituição possui programas que podem auxiliar os empresários a buscar a qualificação dos seus empregados. “Com este subsídio, podemos atender  o empresário e propor um planejamento de ações em conjunto, tanto para consultorias tecnológicas, estimulando ainda mais as empresas da cidade", disse.

A partir de agora, a secretaria deve iniciar um levantamento com outros setores, como comércio e serviços. A intenção é fortalecer a economia local, criar cursos profissionalizantes para atender as necessidades das empresas da cidade.

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