Com maior ou menor virulência, os cenários eleitorais do país vão desenhando um quadro de táticas de ataque entre opositores. O bode na sala virou vedete tomando espaços na TV e nas mensagens de rádio do horário eleitoral. E ninguém é santo ou beato neste confronto. É preciso avaliar com cuidado antes de acusar ou estigmatizar partido político, por uma ou outra circunstância.
O estigma injusto
Temos manifestado neste espaço nosso desacordo com a onda permanente em ojeriza ao PT, quando geralmente tem origem num ressentimento por eventual derrota eleitoral, de um pensamento partidário opositor que desconsidera princípios democráticos. Não sou petista e às vezes é necessário chamar atenção da gurizada quando a soberba ou o fanatismo sobrepõe o senso médio de participação política. Nosso dissenso é em relação ao estigma que oblitera as vias da razão social, escondendo verdadeiros motivos desse ódio mortal contra uma sigla. Convenhamos que odiar duas letras é paranóia! Mas isso existe, não como um direito orientado por motivos democráticos ou republicanos, o que seria salutar para a diversidade de opiniões, mas como criação de marketing adotado por grande parte da mídia e tornado rancor infundado em razões civis. Já ouvi gente, pessoas teleguiadas por um senso preguiçoso afirmar que “detesta o PT por que eles são tudo de ruim e esse programa Bolsa Família é pra proteger quem não trabalha”. Como se vê, há falta de generosidade racional em determinadas alegações, coisa que é permissível na cultura brasileira entre as torcidas de futebol. Perigoso na política, Isso vem acontecendo há muito tempo. Há meio século, quem sofria isso era mo PTB de Getúlio que somava muitas vitórias eleitorais mas angariava o ódio descontrolado de opositores.
Tem que acabar
É bom repetir que não estamos falando de partidos inocentes, em ambas as posições. Temos que acabar, contudo, com essa história de “perseguir”, “odiar”, “banir”, “arrasar” um partido político por que desagrada padrões sociais que não admitem ser contestados. Isso Vale para os dois lados. A falta de maior argumento e a aceitação da idéia de deleção simples de um partido que tem sua história de luta, por razões banais e impostas por orquestração de mídia, é contra a ampla democracia. Perseguir partido é contra as liberdades de manifestação do pensamento, pois discordar não pode significar uma barreira de rancor! A campanha sistemática que conhecemos é insinuante e parece ser desproporcional contra o PT, como foi contra o partido comunista ou contra as pessoas que querem ousadia socializante. Querer mudar padrões de poder não é proibido, minha gente! Partido deve primar pelo permanente debate, jamais a cegueira da paixão!
Crise de bode
Em São Paulo já não se fala tanto em violência e falta de atendimento à saúde pública, pauta banida das prioridades, de tal forma que Isso chegou ao debate eleitoral e está no salão nobre em forma de bode. De um lado Dilma que não poupa críticas severas contra o governo tucano por falta de previsão do desabastecimento. Do outro, Aécio fala da seca no nordeste. E há também quem diga que uma coisa anula a outra! Não é bem assim!
O voto
Na hora do voto é possível que os bodes entulhados na sala dos debates eleitorais sejam mais salientes que a tão propagada campanha de programas sobre proposta de governo. Quem usou mais o tempo para divulgar obra e propostas pode ter vantagem.
Retoques:
* Nesta sexta-feira será o jantar do Coral Ricordi D’ Itália, com apresentação de músicas italianas, nos fundos da Catedral. O grupo que sustenta a arte musical do Ricordi contribui valorosamente para a cultura de nossa terra. Quem desejar pode, ainda, tentar um ingresso para o jantar.
* Que seu voto seja livre, mas pensado, pois teremos uma melhor civilização com cidadãos eleitores mais cidadãos livres.
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