Morre Duarzan Bittencourt D Avila

Locutor esportivo atuou no rádio passo-fundense desde os anos 1960

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Morreu em Passo Fundo no início da tarde desta quinta-feira, 23/10, Duarzan Bittencourt D’Avila. O radialista e publicitário estava internado no Hospital Beneficente Dr. César Santos. Nascido em Curitiba (PR), Duarzan foi criado em Porto União e estava com 71 anos. Ele deixou a esposa Maria Neusa Barcelos D’Avila. Sua voz marcou passagem pelas emissoras de rádio passo-fundenses, como narrador esportivo, noticiarista e nos últimos anos na divulgação das loterias. O corpo do radialista está sendo velado na Capela “C” do Memorial Vera Cruz, em Passo Fundo, onde será sepultado nesta sexta-feira às 15 horas.

Palavra fácil
Após iniciar no rádio do interior de Santa Catarina, Duarzan teve passagens por emissoras do Paraná antes de vir para o Rio Grande do Sul. Chegou a Passo Fundo no início dos anos 1960. “Veio através do irmão Orfeu (já falecido), um dos proprietários da Incomeba e trabalhou por anos na Rádio Municipal”, lembra o radialista Jorge Antônio Gerhardt. “Era narrador da palavra fácil, pois ele se expressava com muita facilidade, não se preocupava com os concorrentes e gostava de usar os termos dele. Por tempos formou dupla com o comentarista Jarbas Sampaio Correa e depois com Belém de Carvalho”, recordou Jorge. Após a Rádio Municipal, Duarzan foi para a Rádio Planalto, em 1970, lembra o radialista Pedro Martins Dóro. “Ele foi noticiarista, apresentava programas esportivos, mais tarde o musical ‘Rancho do Tatá’ e destacava-se na venda de publicidade”.

Bordões e apelidos
Nos últimos anos Duarzan atuava na Rádio Uirapuru, onde a sua voz caracterizou a divulgação dos resultados da loteria. Nos últimos meses, já em consequência da saúde debilitada, esteve afastado do microfone. Duarzan foi dirigente sindical dos radialistas, um dos fundadores do EC Vila Nova e após ingressar nos Alcoólicos Anônimos, prestou importantes serviços à entidade. Também conhecido no meio radiofônico como “DBD”, colecionava bordões nas jornadas esportivas que encerrava dizendo “missão cumprida, retorno à base”. Bordões que levou para a loteria ao dizer que “número não é cavalo que se cansa, ele se repete”. Mas, certamente, não será esquecido pela sua habilidade em colocar apelidos nas pessoas ao primeiro olhar. Apelidos que pegaram e, certamente, manterão Duarzan sempre lembrado pelos amigos.

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