OPINIÃO

O horário de verão e a eficiência energética

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Maiara Morsch é Arquiteta e Urbanista, Professora Universitária, Especialista em Sustentabilidade em Edificações e em Geobiologia, Mestranda em Infraestrutura Sustentável

Amado por muitos e odiado por outros tantos, o horário de verão chegou. E com ele, uma hora a mais de sol todos os dias, além de os dias já serem mais longos nesta época do ano. O horário de verão é adotado no Brasil desde 1931 e trata-se de uma estratégia para economizar energia elétrica. Com o dia claro durante mais tempo, há um impacto positivo no consumo de energia, principalmente na esfera da iluminação pública, comércio e indústria, que retardam o acendimento das luzes. Além disso, o tempo de permanência nas residências é menor, as pessoas tendem a ir para suas casas mais tarde, adiando também esta faixa de consumo de luz elétrica.

Além de reduzir a conta de luz no final do mês, esta é uma boa oportunidade para refletirmos sobre o consumo de energia. Trata-se de uma questão que preocupa o mundo todo, visto que o consumo aumenta a cada ano devido à industrialização, ao aumento de produtos eletrônicos e às cidades cada vez mais urbanizadas. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a medida deve proporcionar uma redução de até 5% na demanda de energia elétrica nos horários de pico. De 2013 para 2014, o horário de verão levou a uma redução da demanda por energia no horário de pico de consumo de 2.565 megawatts, o que representou uma economia de R$ 405 milhões.
O aproveitamento da luz natural pode ser feito durante o ano todo e é o maior benefício para a economia de energia. Abrir as janelas e persianas para deixar a luz solar entrar é uma ótima dica e com isso, a necessidade do acendimento das lâmpadas é retardado e ainda deixa o ambiente mais ventilado, dando uma sensação de maior conforto térmico.

Outra maneira de economizarmos é o uso de eficiência energética, que se resume na busca de menor quantidade de energia para o fornecimento da mesma quantidade de valor energético e ações simples podem fazer uma enorme diferença. Por exemplo, ao optarmos por eletrodomésticos com selo Procel A teremos a garantia de que o nosso aparelho funciona com menos energia e ainda ações como abrir menos a geladeira durante o verão e manter as borrachas em dia para vedação máxima também melhoram o seu desempenho. Outro exemplo é o chuveiro elétrico, que é o grande vilão, ele nunca deve ser usado na temperatura máxima e preferencialmente deve ser substituído por outro com aquecimento de água à gás ou ainda com energia solar. A iluminação artificial também merece atenção especial, mas sobre isso tratarei em outra matéria. Faça a sua parte e contribua para a economia de energia no nosso país!

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