Ana Maria Bueno é professora, nutricionista clínica, personal nutri, com especialização em Serviços de Alimentação e Hotelaria, Obesidade e Emagrecimento, Nutrição nos Ciclos da Vida e em Cirurgia Bariátrica
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É bom esclarecer, inicialmente, que a cirurgia bariátrica objetiva melhorar a qualidade de vida da pessoa mediante a perda de peso. A alimentação (nutrição) é de fundamental importância no que respeita à quantidade e o tipo de alimentos que serão consumidos. Nestes casos o limite do alimento é imprescindível, eis que o paciente desta cirurgia passa a ter o estômago reduzido.
Por isso o acompanhamento nutricional visa o bem estar físico e emocional do operado. A seleção dos alimentos por aqueles mais ricos em nutrientes e adequados, e que atendam a cada indivíduo na forma das suas necessidades é o essencial para que o paciente tenha uma rápida perda de peso e sem desnutrição.
A redução da quantidade alimentar após a cirurgia, sem perder de vista a qualidade dos alimentos a serem ingeridos diariamente são cuidados intransferíveis.
Quando o paciente se submete à cirurgia bariátrica, deve-se dividir a alimentação pós cirúrgica em cinco fases.
1 - Dieta líquida: esta fase deve ser observada nas duas primeiras semanas após a cirurgia e é o período que chamamos de adaptação. Durante este tempo verifica-se o repouso gástrico. Frise-se que o paciente terá uma grande perda de peso nos 15 dias referidos. Por isso é necessário que a nutricionista prescreva o uso de suplementos nutricionais próprios, evitando assim a falta de vitaminas e minerais. Estas recomendações têm início ainda no hospital, antes mesmo da alta concedida.
2 - Dieta pastosa: a partir do término da fase líquida, respeitando-se as necessidades individuais, a alimentação vai progredindo de dieta líquida para pastosa, com a introdução de alimentos liquidificados, papinhas e cremes.
3 - Dieta qualidade seletiva e mastigação: decorrido um mês da cirurgia, começa-se a fase da escolha seletiva dos alimentos. As quantidades ingeridas todos os dias são pequenas, quando então a orientação é por alimentos bem mais nutritivos e ricos em ferro, proteínas, vitaminas e cálcio. Compete ao profissional conscientizar o paciente a mudar o seu estilo de vida, tornando-o independente e capaz para identificar e escolher alimentos melhores.
4 - Dieta com consistência alimentar: nesse período a alimentação vai se aproximando do ideal e busca de objetivos satisfatórios. Aqui, já estamos diante do início do 3º mês do procedimento cirúrgico, com a liberação de quase todos os alimentos para a alimentação diária, sem perder de vista que a quantidade diária deve ser pequena e com mais frequência. O próprio paciente já vai selecionando os alimentos que lhe conferem mais conforto.
5 - Dieta da adaptação e da independência alimentar: esta fase ocorre a partir do 4º mês da cirurgia. É necessário ao longo dessa fase que o paciente tenha um acompanhamento regular com o controle rigoroso de peso e com observação permanente quanto a eventuais carências nutricionais, especialmente anemia. Esta fase o paciente já tem capacidade e segurança para escolher os alimentos ricos em proteínas e ferro, cálcio, vitaminas e minerais em geral.
Assim, registramos de forma resumida as cinco fases da dietoterapia, após cirurgia bariátrica.
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