Após12 horas de julgamento, o pecuarista Mairol Batista da Silva, 42 anos, foi condenado pelo tribunal do júri de Soledade a uma pena de 118 anos de prisão, com o direito de recorrer em liberdade. Os jurados acataram a tese da acusação e do Ministério Público, que apontava ele como mandante da chacina que chocou o estado em 7 de julho de 2001, na fazenda Santo Augusto, interior de Soledade. O advogado de defesa, Osmar Teixeira pretende recorrer da decisão. A sessão, que encerrou por volta das 21h, foi presidida pela juíza da Vara Criminal Karen Luise de Souza Pinheiro. O Ministério Público esteve representado pelos promotores Fabiano Dalazen e Tânia Maria Bitencourt. Na acusação atuou o advogado Nereu Lima.
Batista foi condenado por seis homicídios triplamente qualificado e uma tentativa de homicídio. Entre as vítimas estavam o comerciante Augusto Ricardo Ghion, 48, (o Marau), a esposa dele, Liamara Ghion, 48, a sobrinha, Ana Marina Cavalli, 15, além do casal Olmiro Adelar Graeff, 53, Nice Graeff, 45, e o filho, Alexandre Graeff, 16. Os três trabalhavam na fazenda. A filha do comerciante, Joana Cavalli Ghion, 26 anos, à época com 13, foi atingida por dois disparos, mas conseguiu sobreviver.