O mais marqueteiro dos diretores do cinema anunciou, semana passada, que não sabe se voltará a dirigir. Lars Von Trier confessou que, para conseguir escrever seus roteiros, precisa estar bêbado. Assim mesmo. Confessou que “Dogville”, sob efeito do álcool e drogas, foi escrito em 12 dias, enquanto “Ninfomaníaca”, completamente sóbrio, demorou oito meses para ser escrito. Quem me conhece sabe que nunca gostei do diretor desde o início da carreira – quando soltou um manifesto chamado “Dogma 95”, deu o que falar no mundo do cinema e no filme seguinte já abandonou completamente seu grande “manifesto”. Acho que Von Trier não tem estilo, e busca sempre polemizar para ser notícia, inclusive nos temas de seus filmes. Já disse, certa vez, que “Bergman foi uma grande inspiração. Não sei como, mas me inspirou muito.” (sic). Não é de impressionar, para mim, que o diretor, portanto, não consiga pensar em nada quando não está sob efeito do álcool. Não que seus filmes, escritos enquanto bêbado, signifiquem muito para mim também. O que ele quer, no fundo, é o que estamos fazendo aqui: que falemos dele. Não importa como. O que vale é ser notícia.
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Enfim, a estreia do último filme da trilogia “O Hobbit”. Sempre achei desnecessária a divisão do pequeno livro infantil em 3 partes – obviamente uma cartada mercadológica, para aproveitar a imensa legião de fãs que correm aos cinemas a cada menção de uma adaptação da obra de Tolkien. Gosto muito da trilogia original, assim como dos livros. E acho que a adaptação de “O Hobbit” está bem aquém do que Tolkien fez na adaptação de “O Senhor dos Anéis”. Um exagero no uso do CGI incomoda, e cenas visivelmente espichadas para dar conta de 9 horas de filme tornam a narrativa arrastada, e o ritmo, inconstante. Nada que mude a ideia dos estúdios de, sempre ganhar mais dinheiro – basta ver as últimas partes de várias séries, como Harry Potter, Crepúsculo e Jogos Vorazes (não por coincidência, séries escritas e transpostas para o público adolescente).
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Faltaria uma grande obra para Jackson: a adaptação de “O Silmarillion”, espécie de “velho testamento” da Terra Média de Tolkien. É um livro difícil, composto de uma narração indireta que coloca, às vezes, em uma página, eventos que ocupariam vários minutos em uma adaptação. Os fãs sonham com uma série de TV milionária, ao estilo “Game of Thrones”. Jackson deu pistas de que continuará envolvido com o universo de Tolkien, dependendo apenas de um acordo com a família de Tolkien. O mesmo papo já ouvido nas duas outras adaptações. Artisticamente, não seria bom para o diretor envolvimento direto em mais uma adaptação do escritor, mas não é de duvidar que Jackson assuma a produção. A TV já mostrou que tem condições de abraçar esse desafio e, convenhamos, de uma forma muito mais saudável do que no cinema.
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Saiu o primeiro trailer de “Terminator – Genisys”, quinto filme da franquia “Exterminador do Futuro”. Com Arnold Schwarzenegger. E com uma sensação, para mim, de que algo não funcionou. De qualquer forma, não deve chegar aos pés do segundo filme, esse sim uma das maiores ficções científicas da história do cinema.