Serpente é apreendida nos Correios de Passo Fundo

Animal foi enviado, via Sedex, por uma pessoa do Espírito Santo. Destinatário era de Tapera

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Serpente foi encaminhada ao Grupo de Estudos de Animais Silvestres da UPF para receber tratamento. Animal estava desidratadoSerpente foi encaminhada ao Grupo de Estudos de Animais Silvestres da UPF para receber tratamento. Animal estava desidratado
Serpente foi encaminhada ao Grupo de Estudos de Animais Silvestres da UPF para receber tratamento. Animal estava desidratado
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Uma ação desenvolvida pelo Ibama e pelos Correios de Passo Fundo interceptou uma serpente que era transportada de forma irregular. O animal identificado por um equipamento de Raio X da unidade de Triagem de Passo Fundo saiu do Espírito Santo com destino a Tapera. No momento da apreensão, ela estava dentro de uma meia em uma caixa padrão para envio de encomendas. Após ser identificado, o animal foi encaminhado ao Grupo de Estudos de Animais Silvestres (Geas) da UPF onde receberá o tratamento necessário antes de ser liberada.

A serpente da espécie perictamboia ocorre, principalmente, no norte da Amazônia, e tem o nome científico de Corallus caninus. O animal está sendo tratado pelos profissionais do Geas da UPF. Conforme a professora responsável, Michele Ataíde, a serpente chegou ao Hospital Veterinário da Instituição em estado regular de saúde. Apesar de não apresentar fraturas, o réptil estava desidratado. Amostras de sangue coletadas ontem ajudarão os médicos veterinários e estagiários do Grupo a verificar as reais condições de saúde do animal e decidir qual o melhor tratamento a ser realizado.

Responsabilização

Ainda ontem o remetente e o destinatário haviam sido identificados e poderão responder pelo crime de tráfico de animais silvestres. Conforme o chefe do Ibama em Passo Fundo Flabeano Castro no momento da apreensão e identificação do destinatário e do remetente, ambos foram autuados com multa no valor de R$ 5 mil cada. A partir de agora o caso será encaminhado ao Ministério Público (MP) que será responsável pela abertura do processo criminal. Nesta etapa será identificado se o caso é isolado ou se faz parte de uma rede de traficantes. A investigação será realizada pela Polícia Federal ou Polícia Civil, conforme determinação do MP. Caso haja condenação criminal, os responsáveis podem cumprir pena de dois a cinco anos de prisão.

Conforme Castro, até o fechamento desta edição não havia sido encontrada ligação entre este caso e outros que foram identificados nos Correios de Passo Fundo em ocasiões anteriores. Ele explica que apesar de ser mais comum a apreensão de insetos traficados, já houve casos em que répteis foram apreendidos sendo transportados irregularmente. Como a espécie é originária da Amazônia, Castro explica que após a recuperação do animal, ele deverá ser encaminhado a um cativeiro onde ficará até poder voltar para seu habitat natural.

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