Durante a campanha presidencial de 2014, o Partido dos Trabalhadores (PT), protocolou junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), diretrizes como seu plano de governo. Com início da campanha eleitoral a então presidente candidata à reeleição Dilma Roussef em uma entrevista, afirmou que não precisava de um plano de governo extenso, pois o plano de governo era as realizações do atual governo (2011-2014).
O contexto histórico ajudará a entender o atual momento vivido no Brasil, foi em 01 de julho de 2001, no penúltimo ano do governo Fernando Henrique Cardoso (FHC), os consumidores tiveram que cortar voluntariamente 20% do consumo de eletricidade, caso contrário, teriam um aumento no valor da energia. Segundo o plano, quem consumisse até 100 quilowatts/hora por mês (30% dos lares brasileiros) não precisaria economizar nada. Acima dessa faixa, a redução era obrigatória e os que não aderissem ao pacote corriam o risco de ter a luz cortada - por três dias na primeira infração, e seis dias em caso de reincidência. O governo ainda impôs uma sobretaxa às contas de energia que fossem superiores a 200 quilowatts/hora por mês, pagando 50% a mais sobre o que excedesse a este patamar. Haveria uma segunda sobretaxa, de 200%, para as contas acima de 500 quilowatts. (Estadão; Folha de São Paulo)
A crise energética de 2001, foi um dos principais fatores que impulsionaram a candidatura do então candidato Lula do PT. Naquela época enquanto o governo FHC culpava o chuveiro pelo grande pico de consumo de energia elétrica as 19 horas e, é claro São Pedro que não deixava chover, o candidato de oposição Lula, culpava o governo pela falta de planejamento.
Em 2003, depois de quase duas décadas sob o comando de políticos ligados ao grupo de Antônio Carlos Magalhães (ACM) do Partido da Frente Liberal (PFL), Lula nomeou como Ministra de Minas e Energia Dilma Roussef, considerada pelo mercado como técnica e competente, e com a promessa que o Brasil nunca mais iria sofrer um apagão.
O fato é que o brasileiro aprendeu a economizar energia elétrica durante o apagão de 2001, tanto nas residências quanto nas empresas, sendo que vários projetos de interligação do sistema elétrico nacional foram realizados, bem como a autorização para o início das obras do complexo hidroelétrico do Rio Madeira, com certeza as maiores obras de engenharia para geração de energia elétrica do país, depois de Itaipu.
Com a eclosão do escândalo do mensalão o Ministro da Casa Civil, José Dirceu foi apeado do cargo e do poder e para seu lugar foi nomeada Dilma Roussef, que mais tarde seria considerada a mãe do PAC (programa de aceleração do crescimento) e consequente a grande gestora que faria o Brasil crescer e avançar nas reformas.Pois bem, quase 14 anos do apagão do governo FHC, temos o apagão do PT e do governo Dilma, hoje o governo não admite racionamento, incentiva o consumo. Então, o que mudou de 2001 para 2015? Tudo e nada.
Tudo porque quem comando o governo é Dilma Roussef, ela só apareceu para anunciar a redução de 20% na tarifa de energia em 2012, e sumiu para não explicar para a população o motivo de ter que reajustar em até 55% as contas de energia elétrica em 2015. Nada mudou, porque segundo o governo São Pedro fechou as torneiras do céu não deixando chover e o vilão de hoje é o ar condicionado com pico de consumo às 15 horas. Seria correto afirmar, que se a Presidente Dilma tivesse dito que faria tudo o que está fazendo para corrigir os rumos da economia durante a campanha certamente o povo não votaria nela, talvez pelo simples motivo de que poucos querem escutar a verdade, Dilma foi eleita democraticamente, essa decisão precisa ser respeitada.
As promessas de Dilma candidata são as contradições da Presidente Dilma. Durante a campanha afirmava que tudo no Brasil estava bem, que não tínhamos problemas com a contabilidade criativa, que o governo não intervia para não aumentar os preços controlados e que o Brasil não passaria por nenhuma crise. A Presidente Dilma, criou critérios para o acesso ao Financiamento Estudantil (FIES), aumentou as alíquotas da CIDE e PIS; elevou os juros dos financiamentos para pessoas físicas e habitacionais; cortou direitos dos trabalhadores. Afinal, quais serão as próximas promessas e contradições da Presidente Dilma?
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