Impedir o fornecimento de materiais de construção para um loteamento que cresce de forma ilegal nos fundos do Parque Wolmar Salton, nas margens da Barragem de Captação de Água da Corsan é o objetivo dos ambientalistas. A área, que pertence a Prefeitura de Passo Fundo vem sendo loteada e vendida por moradores que estão no local há mais tempo. A irregularidade vai além: a área é sensível ambientalmente e, segundo a legislação, a presença da Barragem e de nascentes impede a urbanização no local. Quatro ações de reintegração de posse já foram concluídas e aguardam o cumprimento do mandato de desocupação forçada.
Enquanto a ação não acontece, a preocupação dos ambientalistas aumenta. O Grupo Sentinela dos Pampas – GESP – que estava presente no momento da visita que identificou cerca de 30 famílias na área – protocolou, na terça-feira, 20, um ofício de notificação junto ao Ministério Público. Nesta quinta-feira protocolou na Secretaria Municipal de Meio Ambiente um documento sugerindo que ações de contenção sejam tomadas para impedir que a urbanização se intensifique: o documento solicita o fechamento dos dois acessos ao loteamento para automóveis, cercanias em toda a extensão da área e, ainda, muradas de terra para impedir que qualquer veículo carregando materiais de construção chegue no local.
Além dos documentos protocolados no Ministério Público e na Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o GESP, que é um dos grupos que lidera as ações que buscam inibir o crescimento do loteamento, participou na tarde de ontem, 22, de uma reunião da Agenda 21. A informação é que o Grupo estaria em busca do apoio das mais de 30 instituições integrantes da entidade para que, juntos, pudessem pedir uma reunião de caráter emergencial com o prefeito Luciano Azevedo para que medidas mais imediatas sejam tomadas. Por fim, o GESP contatou, ainda, a Companhia de Polícia Ambiental para acompanhar tais ações.