O time vem jogando mal, não é de hoje. Percebe-se que o técnico não tem comando, há jogadores viciados e na zona do conforto, os empresários que bancam os negócios exigem que seus jogadores-funcionários sejam escalados a despeito do espúrio desempenho. O presidente do clube está sendo cobrado asperamente porque na plataforma eleitoral prometeu títulos e mais títulos, conquistas e mais conquistas, faixas e mais faixas. Nada venceu, nada ganhou e pior de tudo, percebeu seus adversários dispararem nos rankings internacionais. O presidente já trocou e destrocou o técnico várias vezes, ninguém acha solução para o time.
Agora estão falando em derrubar a diretoria porque tem um oponente colocando o dedo na ferida da atual administração. O oponente conhece os caminhos das vitórias e glórias, sabe todas as soluções, o oponente é aclamado até por quem votou no atual presidente. O messianismo bate às portas da agremiação.
Olhando assim de fora parece que nada mudará se os jogadores continuarem os mesmos, com as mesmas atitudes, com a mesma malemolência, com o mesmo modus operandi. A escolha do técnico deveria seguir regras que o definam como vencedor, audacioso, estudioso, metódico, respeitado em todos os círculos, envolvido e com absoluta clareza de onde pode e onde quer chegar. Os empresários que fazem negociatas com dirigentes na compra-venda de atletas e que mantêm relação de parasitismo com os clubes, deveriam ser banidos. Não há lugar para negociatas no clube de nosso coração. Os dirigentes devem ser profissionais reconhecidos nas áreas em que atuam. Há necessidade de balanço periódico com absoluta clareza sobre as prestações de contas. Mas, na realidade, há um negócio em jogo, é o que importa e não pertence a nós, não fomos convidados para essa festa, somente fomos chamados a colaborar financeiramente comprando pacotes e vestindo as gloriosas jaquetas do time.
Assim é o impeachment proposto contra a presidente do nosso time. Não é somente o presidente que deveria cair. Nesse balaio deveriam constar os empresários, os atravessadores, os maus jogadores. A gestão deveria ser profissionalizada. Chega de roubalheira, de atravessadores, de maus jogadores, de presidentes messiânicos, de amadorismo. Nosso time ainda não é o Íbis, nem almejamos que o seja. Queremos as glórias, precisamos aprender a fazer as escolhas certas, precisamos resgatar o orgulho de vestir as camisetas do glorioso, precisamos parar de fazer críticas apenas nos bares e cafezinhos, precisamos voltar ao portão 8.