As expectativas de uma boa colheita nesta safra de verão têm animado os agricultores de Passo Fundo. O bom clima com chuvas bem distribuídas e temperaturas que não são favoráveis para a ocorrência de pragas e doenças fazem com que a estimativa de produtividade média possa ser superior a 50 sacas por hectare conforme dados da Emater Municipal de Passo Fundo. Para que a estimativa se concretize o clima precisa permanecer favorável no momento crítico do ciclo que é a fase de formação e enchimento de grãos. Por outro lado, o volume de chuvas tem sido prejudicial para o desenvolvimento das hortaliças que acabam sendo atacadas por doenças ou mesmo apodrecendo devido ao excesso de umidade.
Assim como a soja, o milho também tem apresentado bom potencial produtivo conforme o engenheiro agrônomo da Emater Municipal de Passo Fundo Adriano Nunes de Almeida. “As chuvas têm sido suficientes e superiores às médias desde dezembro e têm sido muito regulares”, ressalta ele destacando que a boa distribuição tem deixado o solo com condições boas para o desenvolvimento da cultura, principalmente neste período crítico do desenvolvimento. As lavouras estão em fase de enchimento de grãos no qual tem uma grande demanda por água. “O peso do grão é um componente do rendimento da cultura. E os grãos estão enchendo muito bem”, acrescenta.
Como o clima tem proporcionado noites de temperaturas mais amenas, tem colaborado para uma menor incidência de doenças e pragas na soja. “As lagartas se desenvolvem melhor com baixa precipitação, alta umidade relativa do ar e calor. As noites frias inibem o desenvolvimento de lagartas e com isso não temos grande ocorrência de doenças e pragas”, exemplifica. Conforme ele, mesmo a helicoverpa que causou grande temor na última safra, não tem tido uma incidência grande em função das condições climáticas.
As primeiras lavouras plantadas de soja e variedades precoces estão entrando na fase final do ciclo e as primeiras colheitas devem se iniciar em cerca de 20 dias. “A expectativa de Passo Fundo é de uma média de produtividade acima de 50 sacas, mas poderemos ter lavouras com picos de produtividade de 70 a 80 sacas por hectare”, avalia. Ele pondera, no entanto, que a concretização da expectativa depende da permanência das condições climáticas.
