Argentinos passam, mas não ficam

Aumento no movimento de carros nas rodovias da região não reflete na ocupação dos hotéis em Passo Fundo

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Quem transitou pela BR 285 em Passo Fundo nos últimos dias notou um aumento de veículos argentinos na rodovia. A Polícia Rodoviária Federal de Passo Fundo informa que não é mais possível fazer a contagem desses veículos devido ao fechamento do pedágio em Carazinho. Mas, de acordo com o chefe do Núcleo de Policiamento da 8ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal de Passo Fundo, Lucio Sinkler, o tráfego de veículos argentinos na rodovia no feriadão de Carnaval foi intenso. “Observamos um aumento principalmente na virada de quinzena. E o Carnaval aconteceu bem neste período. Muitas pessoas indo e voltando nesta semana”, diz Sinkler.

Mas o aumento de veículos argentinos durante o Carnaval não reflete na ocupação dos hotéis da cidade. Ponto de passagem de turistas estrangeiros em direção às praias dos litorais gaúcho e catarinense, Passo Fundo foi esquecida neste ano. O motivo, segundo o Presidente do Sindicato dos Bares e Hotéis de Passo Fundo, Osvaldo Nedeff Klaus, é a crise econômica no país vizinho. “Eles estão com uma dificuldade maior, então deixaram de vir e acabaram não pernoitando mais na cidade”, explica.

A queda no movimento não é novidade. Desde 2011, o número diminui cerca de 20% ao ano. Em 2015, contabiliza Klaus, a quantidade de hóspedes argentinos na cidade caiu 30% em relação ao ano passado. A baixa procura por hotéis não é exclusividade dos estrangeiros. Na época de Carnaval, a taxa da ocupação de hotéis na cidade fica próxima aos 20% da capacidade. A explicação para a pouca procura, segundo Klaus, é que Passo Fundo é uma cidade segmentada dentro do turismo executivo: “Nosso turismo forte é o de eventos e negócios. Então temos uma queda em virtude dessa parada, do recesso de férias das empresas, do feriado de Carnaval”, pontua.

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