A manutenção, ampliação e aprimoramento de programas que visem o desenvolvimento da agricultura regional estão entre as prioridades da nova equipe de gestão que assume a Emater Regional de Passo Fundo. Além disso, a mobilização pela consolidação do caráter filantrópico da entidade será mantida, bem como será realizada a qualificação permanente do corpo técnico. Em entrevista, o novo gerente da Emater/RS-Ascar Passo Fundo, que atende 40 municípios, Oriberto Adami fala das prioridades e do desenvolvimento regional da instituição.
O Nacional – Como será a forma de atuação da nova gerência em Passo Fundo?
Oriberto Adami – Temos muitos programas que daremos continuidade programas que estão em execução, como, por exemplo, chamadas públicas junto ao Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) e a diversos projetos junto à Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, bem como iniciativas de atenção aos trabalhos do meio rural desenvolvidas junto aos municípios. Entre as áreas abrangidas por estes convênios estão a produção de leite, a sustentabilidade, e a questão do crédito. Também temos convênios com o Incra nos assentamentos que são formados e serão mantidos.
ON – E deverá ocorrer mudanças nas diretrizes da instituição?
OA - Estão em construção pela nova gestão as novas diretrizes de ação. O foco principal serão os programas consolidados voltados a áreas como agroindústrias familiar, produção de grãos, de leite, sustentabilidade ambiental, armazenagem nas propriedade e sucessão familiar.
ON – A qualificação técnica terá áreas prioritárias?
OA – A qualificação técnica do corpo funcional é fundamental. Temos que qualificar a extensão rural e a assistência técnica. A qualificação técnica, principalmente dos colegas da área econômica, técnicos em agropecuária e engenheiros agrônomos é imprescindível para que estejam atualizados permanentemente nas questões de novas tecnologias, por exemplo. O desenvolvimento econômico, social e ambiental são eixos fundamentais de ser trabalhados nessa qualificação para que busquem viabilizar formas de obtenção de renda para a família rural poder permanecer no campo com qualidade de vida. Isso ainda é importante para se pensar a sucessão familiar que é fundamental porque sem renda não se segura o jovem e temos de trabalhar projetos e programas que viabilizem economicamente as atividades.
ON – E sobre o Cadastro Ambiental Rural, como a entidade está se preparando?
OA - A questão ambiental terá uma ênfase forte principalmente em função do Cadastro Ambiental Rural (CAR) que tem prazo para ser executado. Estamos qualificando técnicos da região por meio dos nossos assistentes técnicos regionais e nos próximos dias a direção já vai ter isso como prioridade para definir de que forma será forma será a atuação. Além disso, temos o crédito rural que envolve vários programas. Entre eles o Mais Alimentos, do Governo Federal, que quem executa os projetos a nível de campo são os colegas da Emater nos municípios. Por isso a qualificação dos nossos corpo funcional será fundamental para que os técnicos estejam permanentemente atualizados em relação aos programas que são lançados ou se aprimoram. Temos de dar o suporte aos nossos escritórios municipais nessa área que é fundamental.
ON – Sobre o reconhecimento da Emater como entidade filantrópica, como está a situação hoje?
OA – Conseguimos, junto ao Ministério do Desenvolvimento Social, prazo até 2017 para se fazer os ajustes necessários para obtermos o certificado definitivo de filantropia. O nosso presidente já está desenvolvendo ações necessárias para chegar em 2017 e conseguirmos em definitivo. Esse é um tema que está evoluindo positivamente e é outra prioridade que seguirá dentro da Emater. Estamos num momento tranquilo, mas temos de continuar vencendo etapas.
A área social é muito importante para a inclusão. Temos chamadas públicas e ações de programas específicos que atuam com famílias em vulnerabilidade social que são muito bem executadas.
Oriberto Antônio Adami
O gerente regional Oriberto Antônio Adami é engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal de Pelotas, em 1988. Natural de Maximiliano de Almeida, atua na Emater/RS-Ascar desde 1981, quando ingressou como técnico agrícola. Após, em 1990, foi admitido como agrônomo. Trabalhou no escritório municipal de Maximiliano de Almeida e foi gerente regional em Porto Alegre. Atuou como gerente regional em Passo Fundo de 2007 a 2010. Também exerce a função de supervisor microrregional, na microrregião de Tapejara – Corede Nordeste.
Claudio Dóro
O gerente regional adjunto, Cláudio Dóro, é engenheiro agrônomo formado pela Universidade de Passo Fundo e está na Emater/RS-Ascar desde 1975. É bacharel em Teologia. Já trabalhou nos escritórios de Sarandi, Marau e Passo Fundo, onde teve a chefia. Exerceu a função de inspeção da produção de sementes e mudas no Rio Grande do Sul, pelo Ministério da Agricultura. Atuou também junto ao Banrisul, em Passo Fundo, como coordenador regional de crédito rural. Atuou como gerente regional adjunto na gestão 2007/2010. Desde 1989, exerce a função de assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar, em Passo Fundo.