O Clube dos Amigos e Protetores dos Animais (Capa) completou no dia 23 de fevereiro, 13 anos de história. Uma caminhada difícil e, ao mesmo tempo, um exemplo de coragem e solidariedade. Mais de 8 mil animais já foram doados durante estes anos de existência. Uma batalha diária de voluntários em defesa dos direitos dos animais abandonados e vítimas de maus tratos. Os R$ 18 mil mensais, provenientes de um convênio com a Prefeitura de Passo Fundo, e mais as doações da comunidade ainda não são suficientes para custear as dívidas e o gasto mensal de, aproximadamente, R$ 30 mil com a manutenção do albergue. Um evento acontecerá no dia 01 de março, a partir das 11h, na Praça da Mãe, na Avenida Brasil, com o objetivo de arrecadas doações para ajudar a ONG.
A entidade foi criada por um grupo de pessoas que se preocupava com a quantidade de animais abandonados na rua. “A ideia não era ter um albergue, mas uma casa de passagem, onde os animais seriam castrados e doados. Mas, as pessoas começaram a abandonar mais, começaram a chegar denúncias de maus tratos e assim começou a nossa luta”, revelou a voluntária Rosa Schleder, que atua há 12 anos na ONG.
A realidade da entidade ainda não é a desejada. “Infelizmente, o albergue está lotado. Estamos em um local que não é apropriado, devido as moradias. Nosso desafio é doar esses animais para que o albergue não exista mais, na forma que ele funciona hoje. Temos que conscientizar a população para que não abandone os animais na rua ou no Capa. As pessoas tem que ter responsabilidade com os animais”, salientou a voluntária.
O Programa É o Bicho, da Prefeitura de Passo Fundo, que promove a castração cirúrgica e cuidados de cães e gatos no município, foi citado como um grande avanço nos últimos anos para diminuir a população de animais abandonados. O surgimento de novos grupos de proteção aos animais também é visto como positivo. “A longo prazo este projeto de castração da prefeitura vai ajudar muito. É um grande passo. Novos grupos de proteção aos animais estão surgindo e os jovens estão se conscientizando. A estrutura do Capa também melhorou um pouco, mas ainda muitas pessoas descartam animais aqui no albergue”, observou Rosa.