O primeiro ponto positivo do Carnaval de Passo Fundo veio do céu. Sim, você não leu errado. Diferente do ano passado, o clima colaborou e nesta edição a chuva, que insistiu em cair ferozmente em 2014, deu lugar a um céu cheio de estrelas. Além delas, na avenida, outro espetáculo a parte. O Carnaval fora de época de Passo Fundo seguiu a mesma linha do ano passado. Arquibancadas de um lado, e do outro os camarotes. A novidade desta edição ficou por conta da APAE. O bloco Apaexonados pela vida, formado por usuários e funcionários da entidade, além de familiares, foi o primeiro a desfilar, logo após a abertura oficial com a presença da corte. Com um samba-enredo próprio, composto por dois funcionários, o diretor financeiro da instituição, Marlon Batista Moraes, responsável pela letra, e pelo fisioterapeuta Bernardo Lara, que também é músico, e compôs a melodia, os Apaexonados embalaram o público que lotou as arquibancadas e vibrou com a passagem deles na avenida. Parte dos recursos captados no Carnaval serão destinados a instituição.
Após, foi a vez do desfile das escolas de samba do grupo de acesso. Pandeiro de Prata, Acadêmicos do Chalaça e União da Vila desfilaram com a missão de voltar ao grupo especial do Carnaval. A primeira a desfilar foi a Pandeiro de Prata. Em 2014, a escola cumpriu rigorosamente todos os quesitos no desfile, porém, foi a última colocada na pontuação e acabou rebaixada. Este ano, contou a história do Aeroclube de Passo Fundo e fez um resgate histórico de como o sonhe em poder voar se tornou realidade.
O Acadêmicos do Chalaça levantou o público presente na avenida. O atraso no desfile do Carnaval passado tirou a Acadêmicos do Chalaça da briga pelo título. Com um samba-enredo empolgante e fantasias luxuosas, a escola era apontada como uma das favoritas. E, neste ano, a escola voltou com tudo para brigar por uma das vagas no grupo especial. A Chalaça contou na avenida a história de São Jorge, o santo guerreiro. Foram retratados na avenida a a luta com o dragão, o santo padroeiro, a tradição, e a cultura popular.
A última escola do grupo de acesso a se apresentar foi a União da Vila. A queda para o acesso aconteceu após um problema em um dos carros alegóricos. Na expectativa de resolver o problema, a escola ainda descumpriu outro quesito ao atrasar mais de 30 minutos. Nesta edição, a União fez todo mundo voltar a sua infância. Com o tema "Não deixe morrer a criança que existe em você", a escola fez uma viagem no mundo das fadas, de Monteiro Lobato, animes, super heróis e jogadores de futebol.
Já passava das 23h quando a Unidos da Operária abriu o desfile das escolas do grupo especial. O enredo foi "O tigre é pura emoção". A comissão de frente trouxe a relação entre processos neurais e a emoção. O amor, emoção, medo foram alguns dos sentimentos retratados.
A Academia de Samba Cohab I fez barulho antes de entrar na avenida. Diversos foguetes ecoaram por toda a avenida. Para quebrar o jejum e a sina de vice-campeã dos últimos quatro carnavais, a escola apostou no enredo “Academia de Samba Cohab 1 com o rufar dos seus tambores faz dançar no mesmo compasso índios, negros e brancos, é carnaval”.
A 3ª a entrar na Avenida foi a escola de samba Bom Sucesso, que convidou o público restante a continuar animado, apostando no enredo "No mundo mágico da alegria, vem brincar com a Bom Sucesso".
Para acordar o público que aguardou a apresentação da última escola de samba, Bambas da Orgia fez barulho. Fogos de artifício abriram o desfile que trouxe como tema "Bambas da Orgia com a proteção da Santa Sara e falanges ciganas em dia de folia". A comissão de frente mostrou para quem assistia, a cultura cigana - saudação a Santa Sara kali.
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Matéria atualizada 01h04