Neste domingo, 8 de março, todas as atenções se voltaram para as mulheres. Data em que se comemora o dia delas, o dia foi de luta para quem luta por igualdade de gênero: em Passo Fundo, o Movimento Mulheres em Luta, o Coletivo Maria, vem com as outras e o Plural Coletivo Sexodiverso organizaram, junto com a ANEL; CPERS-Sindicato; Sindicato dos Comerciários; Resistência Bancária; Democracia e Luta; CSP-Conlutas e Unidos pra Lutar, uma série de atividades, que iniciaram ainda na quinta-feira e buscaram, através de debates, filme e ações em ambientes públicos chamar a atenção da sociedade e do governo para a realidade da mulher na cidade.
Neste ano, as entidades envolvidas com a programação buscam, principalmente, a imediata revogação das Medidas Provisórias 664 e 665 que determinam novas regras para acesso a benefícios previdenciários como, por exemplo, Abono Salarial, Seguro Desemprego e Auxílio Doença. Para elas, tais medidas atacam a classe trabalhadora e podem colaborar com o índice de desemprego no país. Os eventos encerraram no domingo com o Sororidade Viva, onde os movimentos se reuniram na Praça Tamandaré e abriram um espaço de conversa sobre a aproximação com a luta feminista, e, ainda, com um ato em frente a escola Fadinha, no bairro Donária, que busca exigir mais vagas nas creches da cidade. “Esse dia deve ser lembrado como um dia internacional de luta da mulher e não só de parabéns. É preciso lembrar que mulheres morreram para conseguir vitórias e ainda é preciso alcançar muitas outras vitórias”, comenta Bianca Damacena, professora de 29 anos e participante do movimento feminista da cidade.
Além de exigir mais atenção com a luta da mulher, a revogação das MP’s 664 e 665 e mais vagas em creches, o movimento pede, ainda, que 1% do PIB seja destinado para combater a violência contra a mulher.