Diagnóstico precoce é a principal forma de conter doenças renais

No Hospital da Cidade de Passo Fundo são realizadas cerca de 240 sessões de Hemodiálise semanais

Por
· 2 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Prevenção. A palavra abrange cuidados de rotina, como por exemplo, alimentação saudável, mas também se estende à exames periódicos e a busca de informações sobre as doenças. A prevenção é parte fundamental não apenas para evitar uma doença, mas também para diagnosticá-la precocemente, o que tem influência direta no sucesso do tratamento.

No Dia Mundial do Rim – 12 de Março – o alerta dos profissionais é relacionado aos cuidados com a saúde. Hábitos como a automedicação, alimentação inadequada, pouca ingestão de água, entre outros, podem ocasionar problemas renais. Os problemas renais são relacionados, ainda, à doenças como hipertensão e diabetes, conhecidas como silenciosas. “As pessoas tratam apenas os sintomas isolados quando vão à Emergência ou ao Posto de Saúde. Então, não é realizado o diagnóstico específico”, alerta a enfermeira nefrologista do HC, Rejane Bortoloni.

Descobrir a doença antes que atinja a fase crônica e evolua para a diálise ou hemodiálise é fundamental na qualidade de vida do paciente. Solicitar, nos exames de rotina, a avaliação do nível de creatinina (substância presente no organismo que permite saber se os rins estão funcionando corretamente) auxilia na detecção precoce das doenças renais. “O acompanhamento médico é importante, se existe histórico familiar também é importante averiguar a função renal periodicamente”, orienta a enfermeira.

Tratamento

De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, quinze milhões de brasileiros têm algum grau de comprometimento das funções renais, mas apenas 100 mil sabem disso. No Hospital da Cidade de Passo Fundo são realizadas cerca de 240 sessões de Hemodiálise semanais. Esse número representa o atendimento de, em média, 80 pacientes por semana. A estrutura para a realização do procedimento e a localização (maior cidade da região noroeste) faz com que pacientes de várias cidades do estado viajem até o HC para realizar a hemodiálise e diálise peritonial.

A máquina de hemodiálise faz a função dos rins e garante a eliminação das toxinas. Realizada em média três vezes por semana, a técnica tem duração de quatro horas. A enfermeira explica a diferença entre os procedimentos “Na Hemodiálise, o sangue do paciente tem que sair do corpo, o procedimento é extracorpóreo. Saí do corpo e passa por um filtro, que irá realizar a função do rim, e depois retorna para o corpo do paciente. Na Diálise Peritonial,  a filtragem ocorre de maneira mais natural, através do peritônio.”explica.

O trabalho é desenvolvido por uma equipe de 25 profissionais, incluindo médicos e enfermeiros especialistas em nefrologia. A estrutura física oferece três salas de atendimentos, sendo duas salas de isolamento para pacientes portadores de algum tipo de vírus, como a Hepatite B.

A constante atualização profissional e de equipamentos garante a qualidade do tratamento: “A equipe é treinada e específica para a unidade de Hemodiálise, temos a preocupação com a qualidade dos materiais utilizados e os equipamentos seguem determinação de portarias específicas”, enfatiza a enfermeira, com experiência de 24 anos no Setor de Hemodiálise.

Gostou? Compartilhe