OPINIÃO

Fatos - 10/03/2015

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Crise. Que crise?
O discurso da presidente Dilma Rousseff, domingo à noite, não convenceu. Aproveitou o Dia Internacional da Mulher para justificar as medidas econômicas adotadas logo no início do ano e culpar a crise mundial, iniciada em 2008, como causa da crise brasileira (que segundo ela não é tão grave como dizem por aí). Dilma pediu apoio dos brasileiros para enfrentar este momento difícil. Mas, difícil será convencer os cidadãos de que eles devem pagar a conta. E já estão pagando: através do reajuste da energia, do aumento dos preços dos alimentos, do Imposto de Renda, da volta da Cide que fez o combustível subir de valor, dos medicamentos, da escola, do material escolar e daí por diante. Os dois principais opositores da presidente fizeram manifestações públicas. Marina Silva: “Continuamos a ver a negação da crise”. Aécio Neves: “Novamente, a presidente Dilma Rousseff falta com a verdade ao se dirigir aos brasileiros”.

Culpados
Durante o pronunciamento, houve protesto em algumas cidades com ‘panelaço’ e ‘buzinaço’. Sobre este ato, iniciado nas redes sociais, o PT nacional, em nota, disse que o mesmo foi patrocinado pela oposição, além de ter sido um fracasso. Já o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, deu outra explicação: disse que ele ocorreu em cidades e bairros onde o PT não venceu as eleições. Concordou que a manifestação pacífica é legítima, mas pediu tolerância.

Finalmente
Em resumo: a culpa da crise não é do governo e os protestos foram insignificantes. Conclusão: sobre a crise, o povo brasileiro merecia uma resposta mais honesta; sobre o protesto, quem participou merece respeito, já que estamos numa democracia. Protestar contra atos do governo, de forma pacífica, franca e espontânea não é terceiro turno e muito menos tentativa de golpe. No entanto, o agravamento da crise econômica (sim, ela existe), e a crise política instalada nos deixam em alerta. Vivemos um momento delicado.

Expodireto
* O governador José Ivo Sartori pegou o microfone das mãos da ministra Kátia Abreu e pediu silêncio do público que deixava o salão principal depois da abertura da Expodireto. “Peço silêncio as pessoas que fazem burburinho, porque os jornalistas precisam trabalhar”. É que estava começando a coletiva de imprensa.

* O deputado federal Luiz Carlos Heinze, PP, um dos gaúchos citados na lista da Procuradoria Geral da República, no processo de corrupção da Petrobrás, negou as acusações. Ele foi de carona com a ministra Kátia Abreu, até Brasília.
* Dos cinco deputados do PP citados na lista, apenas Heinze compareceu na abertura da Expodireto.

Especulação
O secretário estadual Giovani Feltes, disse que o parcelamento dos salários dos servidores é apenas uma especulação e que não há nada de oficial a respeito. Não nega, no entanto, as dificuldades de caixa, cada vez maiores.

 

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