Os motoristas e cobradores das empresas Coleurb e Transpasso votaram nesta sexta-feira (13) por voto secreto, pela deflagração ou não de greve. A decisão de escolher esta forma de votação ocorreu na assembleia que foi realizada nas primeiras horas da manhã de sexta-feira, no pátio em frente à prefeitura. Por volta das 16h30 o resultado foi apresentado: dos 256 votantes, 211 votaram pela greve, que deverá se iniciar no dia 24 de março, caso a nova proposta das empresas, que será apresentada no dia 23, seja rejeitada.
“Pela parte da manhã foi rejeitada a proposta de suspensão das negociações, que era o que a empresa queria. Eles nos enviaram ofício pedindo para marcar uma nova reunião no dia 23 de março, onde fariam uma nova proposta, pois dependeriam das negociações do reajuste nas tarifas. Com relação à suspensão das negociações, a categoria votou por aclamação, mas sobre a deflagração ou não da greve, resolvemos que deveria ser feito por voto secreto”, avalia o diretor do Sindiurb, Miguel da Silva.
Como a opção da maioria foi pela greve, ela deve começar na terça-feira da próxima semana, dia 24 de março, se for rejeitada a nova proposta da empresa. “Vamos entrar em greve imediatamente na terça-feira (24), caso a empresa não mande uma proposta que satisfaça os colegas, já que teremos uma reunião com a empresa no dia 23 e no dia 24 faremos uma nova assembleia, em frente à prefeitura, quando será deliberado se aceitamos ou não. Se a proposta não for aceita, automaticamente a greve está deflagrada e partir daquele momento já ficaremos parados”, alerta Silva. Como a notificação será feita entre os dias 14 e 16, até o dia 24 as 72h de sobreaviso já terão sido cumpridas.
A próxima assembleia será realizada no mesmo local que foi realizada na manhã de sexta-feira, em frente à prefeitura. “A assembleia não foi realizada no portão da empresa, foi realizada em frente a prefeitura porque a empresa conseguiu um mandado de segurança onde se nós obstruíssemos qualquer passagem de acesso à empresa, poderia haver uma multa de R$ 200 mil/dia para o sindicato, então optamos por fazer em outro local para que fosse cumprida a ordem judicial”, salienta Silva.
Propostas
Conforme o Sindiurb, apenas a proposta do sindicato foi para a mesa de negociações, pois a empresa alega que somente poderá apresentar algum número se o poder público acenar positivamente quanto ao aumento no valor das passagens. Segundo Silva, o sindicato pede reposição do INPC de 7,13% mais 1,5% de aumento real e R$ 250 de ticket. “Se caso essa nova proposta da empresa não agradar os colegas, estaremos em greve. A alegação é que a empresa precisa ter uma definição do poder público de que a passagem vai aumentar, porque no ano passado não houve aumento. Independente disso, no dia 24 vamos avaliar”, comenta.
Atualizada às 16h45