Pela ordem
As manifestações públicas, desde que dentro da ordem preconizada pela nossa Constituição, são garantias incontestes dos cidadãos brasileiros. O protesto marcado para este domingo está cercado de expectativas por ter sido organizado a partir de vários grupos e com intenções que misturam a indignação com as medidas econômicas adotadas pelo governo para conter a crise, com uma tentativa de estender um processo eleitoral encerrado, de forma legítima, em outubro do ano passado e que garantiu a reeleição da presidente Dilma Rousseff. O slogan de fora Dilma não está contextualizado porque a remota hipótese de que ele se efetive seria um golpe contra a democracia, recentemente conquistada pelo povo brasileiro. Por essas razões, sim, proteste, se tiver indignado com algo ou se sentir vontade. Mas não extrapole este direito, servindo a interesses obscuros. Por um protesto pacífico.
Expectativa
A sexta-feira de protestos pró-Dilma, em todo o país, teve momentos de tensão no mercado financeiro. O dólar disparou e chegou a ser vendido a R$ 3,27, a maior alta desde 2003. A repercussão do escândalo da Petrobrás, e as manifestações marcadas até domingo deixaram o ambiente político e econômico ainda mais agitados. A CNBB divulgou nota alertando para o risco do enfraquecimento da ordem política.
Manifesto
Em Passo Fundo, um grupo de juristas fez uma espécie de manifesto lembrando que o país não pode “negar o sentido de uma eleição democrática e substituí-la por arranjos administrativos pré-determinados ou por outra eleição”. O manifesto está publicado na edição deste final de semana de O Nacional. Assinam o documento, advogados, professores do direto, promotores de Justiça, defensores públicos e juízes.
Nova proposta
A Prefeitura de Passo Fundo e o Sindicato dos Servidores Municipais de Passo Fundo (Simpasso) voltaram a se reunir na sexta-feira (13) para tratar da reposição salarial do funcionalismo público. O Executivo ofereceu 5,6% de reajuste, aumentando a proposta anterior que havia sido de 5%, mas o Simpasso voltou a rejeitar a proposta. Segundo o secretário de Finanças, Gilberto Bedin, o índice fica acima da previsão orçamentária do Município e que cada ponto percentual de reajuste representa um desembolso de aproximadamente R$ 2 milhões por ano para os cofres públicos.
Realista
O resultado da Expodireto Cotrijal, apresentado no final de sexta-feira pelo presidente Nei Mânica, foi realista. Os negócios não superaram os do ano anterior, como vinha historicamente ocorrendo. Foi menor quase R$ 1,1 bilhão. É o retrato da situação econômica do país. No caso do agronegócio, o que se percebe é muita cautela antes da efetivação dos negócios.