Armadilhas fotográficas são instaladas na UPF

Equipamento fará o monitoramento de animais que habitam áreas de preservação

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Há três anos, um criterioso levantamento técnico das áreas de uso da fauna, associado aos recursos hídricos presentes nas Áreas de Preservação Permanente (APPs) da Universidade de Passo Fundo vem sendo realizado pelo Instituto de Ciências Biológicas (ICB). O estudo apontou a existência de dez espécies de anfíbios, vinte de répteis e 11 de mamíferos na área do campus central da Instituição.

A fim de realizar um estudo mais aprofundado das espécies, a Fundação Universidade de Passo Fundo (FUPF) investiu em uma nova metodologia de monitoramento, que consiste na instalação de armadilhas fotográficas, para captar imagens dos animais que habitam o espaço preservado.

Na manhã desta terça-feira, dia 17 de março, a primeira armadilha foi instalada em local estratégico, dentro da área de preservação. O monitoramento é conduzido pelas biólogas Noeli Zanella, do Laboratório de Herpetologia, e Carla Tedesco, do Laboratório de Ecologia, acompanhadas pelos estagiários dos laboratórios.

Equipamentos

Ao todo, são seis armadilhas, que são equipamentos pequenos que registram em imagem por meio de um sensor de movimento a presença dos animais. Conforme a professora Noeli, as armadilhas serão espalhadas em áreas onde haja maior deslocamento de animais. “Vamos selecionar espaços, tendo em vista trilhas no meio do mato nessas áreas em regeneração, isso para poder acompanhar o deslocamento e verificar quais espécies habitam nesse local”, pontua.

De acordo com a professora, é um instrumento que permite certificar as espécies. “Com essa metodologia, teremos imagens dos animais que vão complementar o monitoramento que fazemos da fauna”, pontua. Atualmente, a existência de determinadas espécies é registrada por meio de plots, que são armadilhas de solo, deixadas em locais estratégicos que registram as pegadas dos animais. “A imagem nos permite, com maior acurácia e precisão, detectar as espécies aqui encontradas. Os plots dão ideia dos gêneros, mas, para maior precisão, precisamos desse registro fotográfico”, observa.

Participação de acadêmicos

Além da identificação de espécies, Noeli destaca que o mecanismo traz um ganho significativo aos acadêmicos, pois permite que eles aprendam uma nova metodologia de avaliação da fauna. “Podemos usar essas armadilhas para avaliar a mastofauna de determinadas regiões”, considera.

A instalação da primeira câmera contou com participação dos acadêmicos e estagiários Gabrielly Cenci e Leonardo Bock. No terceiro nível do curso de Ciências Biológicas, Bock aponta que a atividade agrega muito à formação acadêmica. “É interessante participar, pelo fato de conseguirmos identificar as espécies que temos aqui no campus”, comenta.

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