Comemorado no dia 22 de março, o Dia Mundial da Água é a oportunidade em que o cenário hídrico do mundo ganha atenção nas rodas de discussão. No Brasil, a época é de busca por alternativas para a crise de água que se instalou no final de 2014 e início de 2015. Em Passo Fundo, o panorama é a preservação diante de uma realidade de crise antecipada. Diante disso, a Semana Municipal da Água, organizada pela Agenda 21, concentrou esforços na proteção e conservação das nascentes da Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo e encerrou, na manhã de sábado, com o tradicional Abraço ao Rio Passo Fundo.
Desde o dia 14, a Semana da Água envolveu a cidade em debates, discussões e experiências voltadas para a educação ambiental e, no sábado, por volta das 9h da manhã, no Largo da Literatura, estudantes, professores, entidades ambientalistas e poder público participaram de atividades que antecederam o tradicional abraço. Para o secretário municipal de Meio Ambiente, Rubens Astolfi, a proposta do Abraço ao Rio Passo Fundo deve se estender além da Semana da Água. “Esse é o momento de encerrarmos as atividades da Semana Municipal da Água de forma tradicional. Durante a semana participamos de diversas atividades e discutimos muito sobre o momento que o país está vivendo, sobre a crise hídrica que se instala em algumas regiões do Brasil. E há uma série de atitudes que devemos tomar para que isso não aconteça em Passo Fundo. Aqui nascem alguns dos rios que abastecem boa parte do estado e a nossa responsabilidade é cuidar e preservar esses recursos. Que esse abraço se reflita todo dia nas nossas ações no nosso cotidiano”, comentou.
Com música, poesia e exposição de cartazes, cerca de mil pessoas, segundo a organização do evento, estiveram presentes no momento. Claudir Luiz Alves, presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo, comentou a respeito da situação do rio que dá nome à cidade e da importância de iniciativas de preservação. “Trabalhamos com pequenas ações que tendem a ser ampliadas. Em Passo Fundo, temos nascentes de cinco Bacias Hidrográficas da região e do estado. Qualquer atividade que interfira nisso, afeta a economia do Rio Grande do Sul. Nosso Rio está agonizando. As ações que o homem faz provocam várias interferências e, por isso, precisamos nos responsabilizar e focar na preservação dos recursos hídricos”, esclareceu.
A atividade durou pouco mais de uma hora e, depois das apresentações artísticas, o trânsito na Avenida Brasil foi interrompido para que a comunidade pudesse chegar às margens do Rio Passo Fundo. De mãos dadas e lado a lado, crianças, adolescentes e adultos pediram mais cuidado com a limpeza e preservação do Rio.