Os trabalhadores das empresas Coleurb e Transpasso não optaram pela greve neste ano. A categoria aceitou a proposta das empresas que prevê um aumento de 7,13% neste momento, podendo chegar a 8,13%, caso haja o reajuste tarifário da passagem. A votação foi realizada no início da manhã de terça-feira (24), em frente a garagem da empresa Coleurb. Os ônibus só circularam após a contagem dos votos, por volta das 8h.
A proposição aprovada pela categoria foi uma sugestão do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região durante reunião de mediação entre Sindiurb e empresas, no dia 23 de março, em Porto Alegre. Os reajustes apresentados pela mesa foram aceitos pelos empregadores. A proposta consiste em um aumento de 7,13%, retroativo a fevereiro, e o vale-alimentação de R$ 220,00. Caso haja o aumento da tarifa das passagens, o reajuste passará para 8,13% e o vale-alimentação será de R$ 230,00. Além disso, decorridos seis meses deste reajuste, o valor do vale-alimentação será aumentado para R$ 240,00.
Na manhã de ontem, por volta das 5h45, iniciou a assembleia da categoria para apreciação da proposta. Os trabalhadores receberam cédulas de papel e a votação foi secreta. Foram registrados 205 votos, sendo que 125 aceitaram e 80 rejeitaram a proposição. Após a divulgação dos resultados, os funcionários retornaram as suas escalas normais de trabalho e, portanto, a greve não foi deflagrada.
O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Coletivos Urbanos (Sindiurb) informou que o próximo passo será encaminhar os documentos necessários para assinatura do acordo com as empresas. “A proposta ficou dentro daquilo que o sindicato esperava. Pedíamos 1,5% de aumento real e conseguimos 1%, caso ocorra o aumento da passagem. Reivindicávamos 250 reais de ticket e vamos chegar a 240 reais ao longo do ano. Este reajuste significa que a categoria está sendo valorizada”, declarou o presidente do Sindiurb, Miguel da Silva.
Em Passo Fundo, existem cerca de 850 trabalhadores em transportes coletivos urbanos, sendo 580 da Coleurb e Transpasso. “Greve desgasta e prejudica a população. A maioria dos trabalhadores acolheu a proposta, acreditamos que a categoria escolheu o melhor”, disse Silva.
Entre às 6h e 8h de terça-feira, a população contou apenas com as linhas de ônibus da Codepas, que circularam normalmente, já que as negociações não envolviam os trabalhadores desta empresa.