Servidores do Ministério Público Federal e Ministério Público do Trabalho de Passo Fundo retomam as atividades hoje após dois dias de paralisação. A manifestação teve como reivindicação principal a reposição de 56% da inflação referente aos últimos nove anos. O valor seria parcelado em três anos. Juntos, os dois órgãos somam 39 servidores, entre técnicos e analistas, e atendem 218 municípios na região norte do estado. Mesmo durante a paralisação os serviços essenciais, incluindo atendimento ao público, foram mantidos por 30% do quadro.
A categoria aguardava para esta semana, a aprovação do Projeto de Lei 7910/2014, que reformula o plano de cargo, carreira e salário dos servidores, mas o projeto acabou sendo retirado da pauta pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara. O argumento é de não havia dotação orçamentária. A expectativa da categoria é de que o valor ainda seja incluído no orçamento da União através do chamado crédito suplementar. “Vai depender da vontade política. Não é nem aumento salarial, é reposição da inflação” diz um funcionário.
Além da questão salarial, os servidores lutam por algumas medidas administrativas. Uma delas é o direito a intervalo na jornada de 7 horas. “Cumprimos ininterruptamente este período, muitos não conseguem nem almoçar. Precisamos dividir a jornada para termos um intervalo” afirma um servidor.
A categoria vai aguardar até o dia 30 de março, prazo solicitado pelo procurador- geral da República, Rodrigo Janot, para definir os próximos passos. “Se a situação não for resolvida nesta data, a greve certamente será desencadeada” dizem os líderes da paralisação.
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