Nos dias que antecedem a Páscoa, as tradicionais feiras do peixe se intensificam. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, que abrange 40 municípios, a comercialização está sendo feita em 12 feiras e mais 240 pontos como venda nas propriedades, pesque-pague e outros. A expectativa de comercialização é de aproximadamente 181 toneladas de peixes, entre carpas, tilápias, jundiás e outras espécies inteiras, evisceradas e filetadas. Com o valor médio de R$ 8,50 o quilo, essa comercialização deverá gerar um valor de mais de R$1,5 milhão para os produtores.
De acordo com o agrônomo e assistente técnico regional em produção animal da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, Vilmar Wruch Leitzke, a piscicultura é uma boa alternativa de geração de renda aos produtores, em especial nesta época, mas também poderia ser melhor explorada durante todo o ano. “Além disso, a atividade entra como uma alternativa de diversificação a produção na propriedade. O ganho na saúde também merece ser lembrado, por se tratar de um alimento saudável, com baixo teor de gordura e rico em ômega 3”, explicou Leitzke.
O agrônomo ressalta ainda que com os cursos de aproveitamento de pescado realizados pela Emater/RS-Ascar em diversos municípios, está se melhorando também a qualidade no consumo. “Os extensionistas têm trabalhado nos cursos com a elaboração e receitas à base de peixes como lasanha, salpicão, filés, entre outros e isso diminui a ingestão dos tradicionais peixes fritos”, acrescentou.
No Estado, o volume de peixes comercializado durante a Semana Santa, iniciada no último Domingo de Ramos (29/03) e que se estende até o Domingo de Páscoa (05/04), deve ser de 3.224 toneladas. O levantamento foi feito pela Emater/RS-Ascar e envolveu 390 dos 494 municípios gaúchos das 12 regiões administrativas da Instituição.
